Bahia Saúde

Doze mortes por gripe do tipo H1N1 são registradas na Bahia

Na Bahia, a meta é imunizar 90% do público alvo, formado por 3,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários

Doze mortes foram registradas em decorrência da gripe H1N1 na Bahia, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), na manhã desta quarta-feira (18). Os dados são referentes até o dia 14 de abril.

De acordo com a Seab, subiu para 53 o número de casos confirmados no estado [incluindo os 12 óbitos]. As ocorrências foram registradas em 16 municípios e os óbitos ocorreram em cinco deles. Salvador registrou oito mortes. Os outros municípios foram Camaçari (1); Lauro de Freitas (1); Saúde (1) e Serrinha (1).

Cinco dos 12 óbitos foram registrados em pessoas maiores de 60 anos, enquanto três deles em menores de dois anos. Além disso, duas mortes foram em pacientes entre 20 a 29 anos, um óbito na faixa etária de 2 a 4 anos e outra morte notificada entre pacientes de 40 a 49 anos.

O último balanço da Sesab contabilizava 11 mortes por H1N1 e 49 casos confirmados no estado. Uma das vítimas foi um idoso de 61 anos, que morreu com a gripe na cidade de Serrinha, a cerca de 175 km de Salvador. A morte ocorreu no dia 11 de abril e o resultado do exame que acusou H1N1 saiu na sexta-feira (13).

Outra morte confirmada por H1N1 foi a de um bebê de um ano, no dia 10 de abril, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km da capital baiana.

Síndrome Respiratória

Ainda segundo o boletim da Sesab, no total, foram notificados 323 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 31 óbitos [dentre esses casos, 65 foram confirmados para Influenza, sendo 53 pelo subtipo A H1N1, com as 12 mortes registradas até 14 de abril].

No mesmo período de 2017 foram notificados 146 casos de SRAG, com 11 óbitos. Dentre eles, 13 foram confirmados para Influenza sem registro de óbitos, sendo dois casos de Influenza A H1N1.

Campanha de vacinação

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa na segunda-feira (23). Na Bahia, a meta é imunizar 90% do público alvo, formado por 3,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários. A campanha vai até o dia 1º de junho e terá o Dia D de mobilização nacional em 12 de maio.

Segundo especialistas, a transmissão da H1N1 é feita pelo contato (saliva, espirro ou objetos contaminados). Os sintomas são dores mais fortes no corpo do que as provocadas pela gripe comum, febre alta e intensa dor de cabeça. A orientação é que quem apresentar os sintomas procure atendimento médico imediato.

Esses grupos são formados por indivíduos com 60 anos ou mais; crianças de seis meses a menores de cinco anos; gestantes e puérperas (até 45 anos dias após o parto); trabalhadores da saúde; professores; povos indígenas; portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

De acordo com a Sesab, no ano passado, 84,60% do público alvo foi vacinado na Bahia – na ocasião, foram imunizadas 2,6 milhões de pessoas. Dos 417 municípios, apenas 172 alcançaram a meta de vacinar 90%. No Brasil, apenas 10, dos 27 estados atingiram a meta.