Diretor da Direc 20 propõe transferência de alunos do Colégio Padre Palmeira para outras escolas

Por Bia Oliveira

Na manhã desta sexta-feira (10), o professor Ricardo Costa, responsável pelo Núcleo Regional de Educação, recebeu uma comissão de estudantes do Colégio Padre Palmeira, situado na Urbis V, em Vitória da Conquista. Eles fizeram mais uma manifestação exigindo melhorias na estrutura da instituição, a exemplo da substituição do telhado de amianto, que acaba gerando um calor excessivo dentro das salas de aula, principalmente no turno vespertino.

Os protestos já duram uma semana, mas as reivindicações são antigas. Segundo Ricardo Costa, desde que a Direc foi informada do problema, adotou algumas medidas paliativas, como autorizar a abertura dos cobogós para garantir a ventilação cruzada, além da aquisição de ventiladores. Os cobogós tinham sido fechados pela direção para reduzir o barulho entre as salas.

Ainda, conforme o diretor, dois engenheiros (civil e elétrico) foram deslocados até a escola para avaliar o problema e buscar soluções, porém existem alguns transtornos, como o fato de a estrutura da unidade ser pré-moldada, dificultando a substituição do telhado. Informou que uma solução poderá vir por meio de um projeto elétrico que garantirá uma ventilação adequada na escola, no entanto, isso requer tempo.

“Estamos preocupados com a situação, pois os alunos estão perdendo aula, por isso, vamos sugerir aos pais a possibilidade de transferir os estudantes que assim desejarem para outras unidades onde haja vagas, inclusive com a garantia do transporte. Não há interesse da nossa parte em dificultar o processo, porém nós não somos engenheiros, essa decisão não cabe a mim, eu apenas posso intermediar uma solução para que não haja prejuízo à classe estudantil”.

A solução apresentada por Ricardo Costa não agradou a maioria dos pais, que prefere manter os filhos na unidade. O Colégio Padre Palmeira foi inaugurado há 26 anos e tem um público de todos os bairros adjacentes, a exemplo do Ibirapuera, Alvorada, Urbis IV, V, Cidade Maravilhosa, Vilas Serranas, Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Henriqueta Prates, Sobradinho, Remanso, moradores dos Conjuntos Habitacionais Minha Casa Minha Vida, entre outros. O colégio ensina da 5ª série (6° ano) do ensino fundamental até o 3° ano do ensino médio.

“O ensino fundamental é de responsabilidade do município, mas atendendo as reivindicações da comunidade e dos professores, decidimos mantê-lo por mais um tempo, isso mostra nosso interesse em atender aos anseios da população”, afirmou.

Segundo os professores, a substituição do telhado é necessária e urgente, uma vez que o calor prejudica o desempenho dos alunos, muitos dos quais chegam a passar mal durante a aula. Por conta das manifestações, os estudantes estão sem aula há uma semana.