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Bahia Política

Deputados do PP baiano vão responder a processo por voto contra impeachment

O deputado Cacá Leão (PP) se absteve de votar

O deputado Cacá Leão (PP) se absteve de votar

Os deputados baianos do Partido Progressista (PP) na Câmara Federal serão alvos de processos disciplinares por não terem votado a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no último domingo (17).  Roberto Brito e Ronaldo Carletto não só votaram contra o impedimento da presidente petista, como indicaram o ministro interino da Integração Nacional dias antes da votação na Câmara Federal. Cacá Leão e Mário Negromonte Júnior não votaram contra a admissibilidade, mas se abstiveram e de certo modo ajudaram o governo no cálculo final da votação.

Por isso, os quatro parlamentares devem ser notificados pela direção do PP na próxima segunda-feira (25), quando a Câmara retoma as atividades depois do feriadão de Tiradentes. Em entrevista à Tribuna na tarde de ontem, Cacá Leão ainda estava em Brasília, era um dos poucos congressistas que ainda se encontravam na capital federal. O progressista contou que já havia sido informado que a cúpula da agremiação está se movimentando para punir quem não votou pelo impeachment, como foi orientado.

No entanto, o deputado se mostra tranquilo e diz que todos os diálogos foram feitos e a bancada baiana argumentou por diversas vezes que a aliança com o PT na Bahia, onde o vice-governador João Leão é presidente do PP, impedia o acompanhamento do voto contra Dilma. “A gente viveu um momento muito difícil, inclusive com ameaça de intervenção no diretório nosso aqui na Bahia no sábado à noite, véspera da votação do processo. Não poderia colocar em risco a vida dos nossos candidatos a prefeito e a vereadores”, defende Cacá Leão, ao apontar ainda que em todas as reuniões que tiveram em Brasília, inclusive com a presença do seu pai João Leão, o diretório nacional foi informado de que a bancada da Bahia vivia uma situação particular diante do cenário.

De acordo com o congressista, não está em pauta uma saída do PP, como já foi especulado. Ele aguarda o desenrolar do processo que terá pela frente. “A gente vai ter a oportunidade de se defender, mas acredito que da forma que conduzimos o processo, sempre dialogando, colocando a nossa situação em nosso estado, espero a compreensão. Agora, sair [do partido] não. Só se nos colocarem para fora, mas não penso em sair”.

Outras siglas punem dissidentes

Não foi apenas o PP que teve dissidentes na votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), onde sete parlamentares, incluindo os quatro baianos, descumpriram a orientação a favor do impeachment. O diretório do PDT emitiu nota um dia antes avisando que a orientação era votar contra o impeachment, quem contrariasse a norma perderia os diretórios que tivesse nos estados e municípios.

Félix Mendonça Júnior, o único baiano da legenda em Brasília, votou de acordo com a decisão do partido e segue no comando do PDT na Bahia sem alterações. O PR também pretende punir parlamentares que votaram a favor do impedimento de Dilma, uma vez que orientou pelo voto contrário ao impedimento. Na Bahia, assim como o PDT, não houve parlamentar republicano dissidente e todos os votos foram pela rejeição da admissibilidade.

Fonte: Tribuna da Bahia