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Custo de lista de material escolar varia 230% em lojas. Veja como economizar

O ano virou e já é hora de comprar o material escolar dos pequenos. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), nesta volta às aulas, os itens devem estar, em média, 8% mais caros do que em 2019. Em um levantamento feito pelo EXTRA com Lojas AmericanasWalMartSaraivaMercadão de Madureira e Caçula, é possível notar, porém, que a pesquisa de preços ajuda, e muito, a economizar: considerando apenas as 12 categorias de produtos preenchidas por todas as consultadas, a variação no gasto que haveria no Mercadão de Madureira (R$ 29,35) e nas Lojas Americanas (R$ 96,88) ficou em 230% .

Para cada categoria de produto, foi pedido o preço do item mais barato disponível nas lojas. Ainda assim, a diversidade de modelos no mercado gera grandes diferenças: um minidicionário de Português nas lojas da Saraiva (R$ 63) custa mais de 20 vezes do que outro vendido pela Caçula (R$ 2,99).

Por isso, para a professora Rita de Cassia, de 47 anos, e o bancário Carlos Rodrigues, de 50, na maior parte da lista, a ordem é economizar. Poucos itens, como os cadernos, podem ser escolhidos pelo filho João Carlos, de 10 anos.

— Ele escolheu o caderno de um jogo que gosta. É mais caro, mas a gente cede pois ele é bom aluno — diz Rita.

Como fazem Rita e Carlos, combinar com as crianças o orçamento disponível e o grau de flexibilidade nas compras é importante.

Mas não são só os menores que podem cair em armadilhas e acabar gastando a mais. Se eles podem se sentir tentados por estampas que encarecem os produtos, uma lista de material escolar com artigos de uso coletivo — o que é proibido, mas nem sempre fácil de identificar pelas famílias — pode colocar os responsáveis em uma cilada. Para diminuir esse risco, o Procon Estadual definiu algumas listas com exemplos do que pode ou não ser cobrado pelas escolas particulares, em reunião com representantes do Ministério Público do RJ e dos sindicatos das Escolas Particulares do Rio (Sinepe-RJ) e de Niterói.

— Foi um ajuste feito com os sindicatos, para repassarem às escolas associadas, mas quanto ao nosso entendimento, a lista vale como sugestão para todo o estado. Pedimos, por exemplo, que as escolas entreguem junto à lista de material escolar um plano de utilização deles. Por exemplo, se a escola possui quadro negro e pede giz, o giz é coletivo. Mas se faz parte do plano pedagógico que a criança use o giz no chão, de forma individual, ela pode pedir — conta Elisa Freitas, diretora de fiscalização.

Se forem verificadas infrações nas listas, o consumidor pode denunciar a escola nos postos de atendimento do Procon-RJ, pelo telefone 151 ou via aplicativo de celular.

Veja direitos e dicas para economizar

Uso coletivo – As listas do Procon Estadual ajudam a entender o que pode ser pedido para crianças abaixo e acima de 2 anos de idade, além dos itens que podem ser solicitados com restrições de quantidade. Veja em: https://bit.ly/2QxxSoo.

Taxa de material – Taxa para compra de material pela escola pode existir, mas o responsável sempre pode ir às compras por conta própria.

Marcas – A escola não pode exigir a compra de marcas específicas.

Livros didáticos – A escola não pode exigir que materiais encontrados em livrarias e papelarias sejam adquiridos em sua secretaria, a não ser apostilas de elaboração própria.

Prioridades – Se constatar que não será possível comprar tudo, entre em contato com a escola para saber o que é essencial nos primeiros meses do ano.

Atacado – Algumas lojas e editoras têm preços menores para quem compra em grandes quantidades. Procure saber e reúna um grupo de pais.

Descontos – Sites de cupons (como Cupomania) e cashback (como Ame e Méliuz) devem ser consultados antes de ir às compras, em lojas físicas ou virtuais.

Pagamento – Sempre pergunte se existe desconto para pagamento à vista. Mas se não conseguir agar as compras de uma só vez, use uma quantidade de parcelas sem juros.

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