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Cinco empresários são presos pela PF por desvios de verbas na Bahia

Empresários tinham contratos com prefeituras do sudoeste baiano, diz PF

Empresários tinham contratos com prefeituras do sudoeste baiano, diz PF

A Polícia Federal de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, prendeu, nesta quinta-feira (14),na operação “Burla”, cinco empresários suspeitos de integrar organizações criminosas que fraudavam contratos e desviavam verbas de prefeituras da região. Foram três mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária cumpridos pelos agentes da PF.

Segundo o delegado da PF em Vitória da Conquista, Rodrigo Kolbe, outros dois alvos de mandados de prisão temporária não foram localizados. Os nomes dos presos não foram divulgados pela polícia. O delegado não soube informar o número de prefeituras envolvidas no esquema, e citou as das cidades de Pindaí e Palmas de Monte Alto.

De acordo com a investigação, as organizações movimentaram em torno de R$ 80 milhões. A polícia ainda estima que R$ 16 milhões de recursos públicos foram desviados.

Segundo Rodrigo Kolbe, os presos são donos de empresas de vários ramos e também criaram empresas para fraudar e desviar recursos, por meio de contratos firmados com as prefeituras. “Eram pessoas que tinham conhecimento com o poder público e cooptava pessoas para serem laranjas das empresas, entre elas empregadas domésticas e beneficiárias do Bolsa Família”, explica o delegado.

Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Guanambi, Caetité, Iuiú, Vitória da Conquista e Salvador, e também em Belo Horizonte (MG).

“Entre os materiais apreendidos, estão HD’s, documentos, comprovações de empresas fantasmas nas casas dos investigados e comprovação de que um dos presos tinha comprado imóvel em Miami e estava negociando um avião particular”, afirma o delegado da PF.

De acordo com Rodrigo Kolbe, a operação focou no grupo de empresários para frear a atuação nos municípios, colher provas e identificar exatamente em quais locais o poder público também foi condescentente.

A operação contou ainda com investigação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU). Os cinco presos serão levados pela polícia para o Presídio de Vitória da Conquista. Os  investigados responderão por crimes de responsabilidade fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Fonte: G1 Bahia