César Borges diz que obras da ferrovia Oeste-Leste estão sendo destravadas
O ministro dos Transportes, Cesar Borges, apresentou um raio X sobre a logística brasileira nessa segunda-feira (20/5) pela manhã durante um café da manhã para empresários na sede da Associação Comercial da Bahia. Com a palestra “Infraestrutura e Logística do Brasil e da Bahia – Situação Atual e Perspectivas Futuras”.
O ministro revelou que os grandes entraves com a Ferrovia Oeste Leste já haviam sido superados e anunciou os bastidores de uma conversa com o Ibama. “A Fiol avança não como esperávamos, mas as exigências do Ibama e TCU estão sendo cumpridas. A expectativa é que a licença do trecho Barreiras/Caetité esteja sendo liberada até o final de maio e a Fiol seja entregue até o final de 2015″, diz.
Sobre a parte do trajeto que engloba a parte de cavernas na região do São Francisco, oeste baiano, e em trechos das cidades de Barreiras, São Felix do Coribe, Santa Maria da Vitoria e São Desidério – principal celeuma e motivo de embargo por parte do órgão ambiental – o ministro fez breve comentário sobre o caso: “A Valec está procurando uma solução para aquele trecho”.
O ministro citou durante a palestra um estudo apresentado recentemente sobre a questão logística nacional. “Nele são apontadas perdas de R$ 50 bilhões por ano ao país em função da questão logística.
Seriam necessários ainda segundo o levantamento aportes de R$ 500 bilhões para dotar o país de boa infraestrutura logística”, revela. Ele sinaliza também a visão estratégica do tema a partir de um plano de governo. “São 55 mil quilômetros de malha rodoviária no Brasil e 8,3% desse montante está no território baiano.
São mais 28,730 mil quilômetros de malha ferroviária. Verificamos problemas no estado como a Via Bahia que não cumpriu a parte que era de sua competência. Ouvi da própria presidente Dilma que se a empresa não estiver a altura que se encerre o contrato.
O Ministério, então, se reuniu com o consórcio e foi mencionada a insatisfação com a Via Bahia por parte dos usuários. Estamos cobrando a entrega da duplicação do trecho Feira de Santana/Paraguaçu, além da reestruturação das BR 324 e 116. Tudo o que foi acertado em contrato será cumprido e exigiremos”, diz.
Borges falou sobre a aprovação da MP dos Portos no qual reconhece como importante para o desenvolvimento do país. “O país assistiu a luta pela aprovação da MP. Ela permitirá a modernização com entrada de novos operadores e a criação de novos portos mais modernos”, comentou o ministro que lembrou que enquanto foi governador da Bahia possibilitou a criação de dois portos privados como o da Ford e o Dias Branco.
Ele ainda chamou a atenção para o Porto Sul. “No compasso em que estão as obras é mais fácil a entrega da FIOL antes da conclusão do Porto Sul. A defasagem das obras é de um ano e meio”, pontua.
O ministro ressaltou que a prioridade na ampliação da eficiência produtiva em áreas consolidadas, minimização da desigualdade regional e promoção da expansão da fronteira agrícola e mineral. “Estamos atentos ainda a integração sul americana e a expansão dos sistemas de ferrovias e hidrovias”.
Ele ainda criticou a postura do Tribunal de Contas da União e demais órgãos. “Metade da força produtiva do ministério é voltada a atender aos questionamentos do TCU, Ibama, Iphan, Funai e Fundação Palmares. Cito como exemplo dificuldades que tenho recebido para a recuperação de 800 km da estrada que liga Porto Velho a Manaus.
Essa estrada já existe e precisa ser revitalizada, mas o Ibama aponta questionamentos pertinentes a área de Mata Atlântica”, declara. Borges ainda cita a cidade de Feira de Santana como importante hub logístico. “É preciso entender que a Bahia tem uma vocação natural.Os investimentos na área logística atrairão novos empreendimentos”, conclui.
Fonte: Bahia Notícias
Foto: Bahia na Política