Brasil é o 15º a aprovar casamento homossexual, Holanda foi o primeiro

O Brasil é o 15.º país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em uma tendência que começou na Escandinávia e segue se alastrando por outros continentes. Na América Latina, México, Argentina e Uruguai aceitam o casamento gay. Mas é no Norte da Europa que os direitos dos homossexuais estão mais consolidados.

A Dinamarca foi a pioneira, em 1989, a aprovar a união estável. Em 2009, o governo autorizou a adoção de crianças. Três anos depois, uma mudança na lei permitiu que pessoas do mesmo sexo celebrem suas uniões na Igreja Luterana do Estado. Na Suécia, cabe ao governo encontrar um pastor que aceite realizar um casamento gay. Em 2007, algumas igrejas do país aceitaram abençoar a união.

Na Noruega, o casamento é autorizado desde 2008 e os casais têm direito de recorrer à inseminação artificial para gerar filhos. Na Islândia, o casamento foi aprovado em 2010 e, no primeiro dia da entrada em vigor da lei, a primeira-ministra Johanna Sigurdardottir deu exemplo e se casou com sua companheira Jónína Leósdótti. Na Holanda, o direito existe desde 2000. Em 2011, cerca de 15 mil homossexuais se casaram. A autorização na Bélgica existe desde 2003, e estima-se que 5% dos casamentos realizados todos os anos ocorram entre pessoas do mesmo sexo.

Nos últimos anos, a tendência ganhou espaço em países tradicionalmente católicos. Na Espanha, o governo de José Luis Zapatero permitiu o casamento gay em 2005, apesar da forte resistência da Igreja. Um ano depois, os casais espanhóis passaram a poder adotar filhos. Em Portugal, o casamento foi autorizado em 2010, mas sem direito à adoção de crianças. Até 1982, o homossexualismo era considerado crime no país.

Inovador
No Canadá e em diversos Estados americanos, o casamento também é reconhecido. A lei canadense beneficia estrangeiros – não é necessário que o casal viva no país para ter o direito. Nos EUA, Barack Obama se tornou o primeiro presidente americano a defender a união. Nova Zelândia, África do Sul e a França também autorizam a união.

Na França, a aprovação ocorreu em abril, em um debate que mobilizou a sociedade e levou milhares de pessoas às ruas de Paris, contra e à favor da medida. A Grã-Bretanha pode ser o próximo país a aprovar a união. Em fevereiro, a legislação foi aprovada, em primeira votação, pelo parlamento britânico.

Estadão Conteúdo