Brasil Política

Bolsonaro diz que democracia só existe se as Forças Armadas quiserem

Presidente da República deu um discurso durante a cerimônia de formação de fuzileiros navais no Rio de Janeiro.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) participou na manhã desta quinta-feira (7), da cerimônia de formação de fuzileiros navais no Rio de Janeiro. Em seu discurso, ele falou sobre a reforma da Previdência e defendeu a participação dos militares na manutenção da democracia. 

“A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando as suas respectivas Forças Armadas assim o quer” (sic), afirmou Bolsonaro.

Além disso, o presidente pediu empenho para que os militares apoiem a proposta da reforma da Previdência. “Peço também o sacrifício porque entraremos, sim, na nova Previdência, que atingirá os militares. Mas não deixaremos de lado e não esqueceremos as especificidades do cargo de vocês. Temos um ministério firmado por pessoas comprometidas com o futuro do Brasil, que nos ajudam a conduzir essa grande nação”, continuou.

O governo quer aumentar o tempo de contribuição dos militares de 30 para 35 anos, assim como aumentar a alíquota única dos militares de 7,5% para 10,5%. A nova alíquota deve ser cobrada também no pagamento das pensões para dependentes de militares, benefício atualmente financiado exclusivamente pelo governo federal.

Um ponto relativo aos militares entrou na proposta de emenda à Constituição enviada no dia 20 de fevereiro ao Congresso. O governo quer que militares temporários – que ficam até oito anos nas Forças Armadas e não prosseguem na carreira militar – contribuam para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com o governo, os temporários correspondem atualmente a 60% do contingente militar.

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