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Banco do Brasil pode adotar crédito imobiliário atrelado ao IPCA

O presidente do BB, Rubem Novaes, disse que a tendência é bancos acompanharem a movimentação da Caixa Foto: Amanda Perobelli / Reuters

RIO — O presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, afirmou nesta sexta-feira que a instituição pode oferecer crédito imobiliário atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a exemplo do que fez a Caixa Econômica Federal. Segundo ele, a tendência é que, com a possibilidade de usar o índice de inflação oficial do país como indexador do crédito imobiliário, os outros bancos incorporem essa linha a seu portfólio.

— A ideia é dar o máximo de liberdade para o cliente, ter um cardápio. Estamos preparando linhas novas nesse setor. A decisão do Banco Central (de autorizar a indexação ao IPCA) foi no sentido de criar mais uma opção para a clientela, acreditando que, ao fazer o empréstimo com correção pelo índice de preços, seria mais fácil permiir uma ampliação do crédito — afirmou Novaes, em conversa com jornalistas durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Nesta semana, no mesmo dia que a Caixa anunciou uma linha de crédito imobiliário indexado pelo IPCA, o BB divulgou outras mudanças na forma de financiamento para casa própria. No modelo já lançado pelo BB, quanto menor o prazo de financiamento, menor será a taxa de juros. Com isso, a menor taxa de financiamento imobiliário da instituição financeira passa a ser 7,99% ao ano, válida para um prazo de cinco anos. Esta sobe até atingir 8,45% ao ano, para parcelamentos de 359 a 418 meses.

Segundo Novaes, a tendência é que outros bancos acompanhem o movimento da Caixa e passem a criar uma linha de crédito atrelada à inflação.

— Nós já fizemos uma alteração na nossa linha de crédito imobiliário. A tendência que eu vejo é que os bancos ofereceram um cardápio com todas as opções e vejam qual a preferência do cliente. O foco é no cliente. O objetivo é atender à preferência dele.

Novaes disse aguardar a reação sobre a nova linha de crédito imobiliário, uma vez que há imprevisibilidade nas taxas, em virtude da variação mensal do IPCA.

— Ainda é cedo para avaliar qual será a reação do cliente. Alguns alegam que podem ficar temerosos com o (reajuste pelo) IPCA. Hoje, a inflação está muito baixa, amanhã não se sabe. Esspera-se que continue sempre baixa. O cliente no Brasil tem aquela ideia de ver o que acabe no orçamento. Com taxas prefixadas, ele tem uma ideia melhor do que cabe dentro do orçamento dele.

 

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