Polícia Sudoeste

Assessor parlamentar do deputado Artur Maia é preso em ação contra desvio de verba na Bahia

Operação 'Manipulação' foi deflagrada pela Polícia Federal de Vitória da Conquista nesta quarta

Operação ‘Manipulação’ foi deflagrada pela Polícia Federal de Vitória da Conquista nesta quarta

Um assessor do deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) foi preso preventivamente na operação “Manipulação”, deflagrada pela Polícia Federal de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, na manhã desta quarta-feira (30). A operação combate o crime de desvio de verbas da Saúde e do transporte escolar. Conforme a assessoria do deputado, ele foi exonerado nesta quarta-feira para que possa se explicar à Justiça diante da acusação. O deputado assumiu o mandato em 2011.

O assessor também é ex-secretário municipal de Administração da cidade de Guanambi, localizada na região sudoeste do estado, onde ele foi preso. Ele será levado para a delegacia da PF nesta quarta-feira.

Ele é suspeito de forjar uma licitação e contribuir para o desvio de verbas da Saúde no município de Palmas de Monte Alto, também na região sudoeste, através da contratação fraudulenta de uma empresa para fornecer materiais e equipamentos para Postos de Saúde da Família da cidade, no ano de 2008.

A operação é resultado de atuação conjunta do Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU). Também são cumpridos dois mandados de busca e apreensão em locais não informados pela PF.

O esquema foi descoberto pela CGU e investigado pela PF desde 2014. Segundo a investigação, o assessor parlamentar foi o responsável por reunir a documentação para a montagem da licitação. Na ação penal já proposta pelo MPF, também aparece como réu um ex-prefeito de Palmas de Monte Alto, cujo nome não foi divulgado pela PF.

O assessor parlamentar já foi condenado pela Justiça Federal em Guanambi em outras duas ações penais, em uma delas inclusive por formação de quadrilha voltada para a prática de fraudes a licitações.

De acordo com a investigação, ele está envolvido atualmente em episódios de fraude a licitações de prefeituras baianas e desvio de dinheiro público, a exemplo da cidade de Pindaí, onde mantém contrato fraudulento para a prestação do serviço de transporte escolar, por meio de empresa constituída em nome de terceiros.

A prisão preventiva decretada pela Justiça Federal considerou que “a manutenção do investigado em liberdade implicará na reiteração das condutas aqui combatidas, atingindo-se a ordem pública”. Todos os investigados deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de verbas públicas.

Fonte: G1 Bahia