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Acidente Brasil Geral

Acidente nas obras do estádio do Corinthians deixa mortos

Foto: Reprodução/G1

Foto: Reprodução/G1

Um acidente nas obras do estádio do Corinthians, ocorrido na tarde desta quarta-feira (27), deixou duas pessoas mortas, de acordo com a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros (inicialmente os bombeiros chegaram a falar em três mortos). Um guindaste que estava do lado de fora do estádio, tombou e atingiu parte da estrutura das arquibancadas e um caminhão que estava parado no local.

Segundo a construtora Odebrecht, que lidera o consórcio que faz a obra, morreram no acidente os trabalhadores Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, motorista e operador de guindaste do tipo munck da empresa BHM, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos, montador da empresa Conecta.

A construtora explica em nota que pouco antes das 13h, o guindaste que içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio tombou provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste – atingindo parcialmente a fachada. Segundo a empresa, a estrutura da arquibancada não foi comprometida. Um caminhão que estava nesta área externa foi atingido e o motorista que estava na cabine morreu.

Em nota, o Corinthians lamentou o acidente e decretou sete dias de luto. O estádio do Corinthians foi o local escolhido pela Fifa para o jogo de abertura da Copa do Mundo no dia 12 de junho de 2014, que será entre a seleção brasileira e um adversário a ser definido no sorteio das chaves do Mundial no dia 6 de dezembro, na Costa do Sauipe (BA). Outros cinco jogos da Copa também estão previstos para a Arena Corinthians.

Operários colocavam estrutura
Os bombeiros afirmaram ter sido chamados para atender ocorrência na  Avenida Miguel Ignácio Curi, 900, Itaquera, São Paulo, às 12h54. No horário, operários faziam a colocação de estruturas em um arco na fachada do estádio. O guindaste não resistiu ao peso e tombou.

Os operários foram dispensados e deixavam o estádio por volta das 13h45. Adilan Freitas, de 30 anos, que trabalha na obra, relatou que o acidente aconteceu quando um guindaste subia a última peça da cobertura. “Ouvi só o barulho de trincar o painel”, relatou. Ele contou que estava distante, mas que mesmo assim foi possível ouvir o barulho.

Almoço evitou tragédia maior
Operário da obra do estádio do Corinthians José Mário da Silva ,48 anos, afirmou que haveria mais mortes em acidente com guindaste na tarde desta quarta-feira  se a maioria dos funcionários não estivesse em horário de almoço.

Passei embaixo da estrutura para ir almoçar. Se não tivesse sido na hora do almoço muito mais gente poderia ter morrido. Eu poderia não estar vivo”
José Mario da Silva, operário

“Passei embaixo da estrutura para ir almoçar. Se não tivesse sido na hora do almoço muito mais gente poderia ter morrido. Eu poderia não estar vivo. Só ouvi o barulho. Ele colocava a última peça da cobertura, que era a mais pesada”, disse Silva que trabalha há quatro anos na obra.

Corinthians lamenta mortes
A assessoria de imprensa do Corinthians confirma a ocorrência do acidente que deixou funcionários que trabalhavam no Itaquerão feridos, mas não soube informar detalhes. “A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista vem a público lamentar profundamente o acidente ocorrido há pouco na Arena Corinthians. Não existem outra informações no momento”, informou em nota. O clube decretou sete dias de luto.

Policiais civis do 65º DP, Artur Alvim, foram ao local do acidente pelo fato dele ter ocorrido na área de atuação da delegacia.

MP estuda pedir suspensão da obra
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que fará uma vistoria no local e exigirá laudos da Polícia Técnico-Científica para avaliar se irá pedir a Justiça a paralisação da obra do estádio da abertura da Copa. O promotor José Carlos de Freitas, da Promotoria de Habitação e Urbanismo, disse que a vistoria que fará com o Corpo de Bombeiros já estava programada por conta de um relatório que havia recebido da corporação, que listou 50 irregularidades apontadas na construção do estádio em relação à segurança contra incêndios.

De acordo com relatório do Corpo de Bombeiros, o estádio não tinha, até 29 de outubro, aprovação do “Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio”. Segundo documento ao qual o G1 teve acesso, a razão foi a “morosidade” na correção de “inconformidades” constatadas no projeto técnico.