Bahia Política

‘2 de Julho’ é marco inicial de disputa para governo da BA; militantes brigam

Candidatos ao governo da Bahia (Foto: Henrique Mendes / G1)

Candidatos ao governo da Bahia testam popularidade em desfile (Foto: Henrique Mendes / G1)

G1/Bahia

Em ano eleitoral, as comemorações da Independência do Brasil na Bahia, principal data histórica do Estado, celebrada nesta terça-feira (2), foram aproveitadas como palanques de disputa. Separados por centenas de militantes, os principais concorrentes ao governo do Estado participaram do tradicional desfile cívico entre as regiões da Lapinha e da Praça Municipal, em Salvador. O evento também contou com a presença de Eduardo Campos (PSB), que disputa a eleição majoritária e concorre ao cargo de presidente da República.

Militantes brigam durante comemorações do 2 de Julho (Foto: Raul Spinassé/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo)

Militantes brigam durante comemorações do 2 de Julho (Foto: Raul Spinassé/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo)

Lídice da Mata (PSB), Rui Costa (PT) e Paulo Souto (DEM) percorreram todo o trajeto com as respectivas comitivas. Ainda na Lapinha, foi registrada briga entre militantes. O G1 entrou em contato com a Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT), que apoia o Partido dos Trabalhadores (PT), e com a assessoria de imprensa do Democratas (DEM), no entanto, ambos negam envolvimento na confusão.

Concorrente ao governo da Bahia, a senadora destacou a presença de Eduardo Campos, ao conversar com o G1. “Eu fico muito feliz que Eduardo tenha sido o único candidato a presidente que veio acompanhar as celebrações da maior data da Bahia. Eduardo é pouco conhecido no Brasil, mas é justamente nesse momento em que ele visita a Bahia e visita os brasileiros que ele vai se apresentando ao povo. A sua principal referência prática é o seu governo em Pernambuco”, ressaltou a candidata, que integra o mesmo partido do presidenciável.

O candidato petista do governo da Bahia, Rui Costa, aproveitou o desfile para consolidar seu nome e imagem como candidato. “Na pesquisa interna, ainda tem taxa de desconhecimento muito alta. Isso vai ser vencido com exposição na TV e fotografias de jornais. É como um partida de futebol: o povo sabe que treino é treino e jogo é jogo”, disse o candidato, que atuou como secretário da Casa Civil do governo Wagner.

O ex-governador da Bahia, Paulo Souto (DEM), que concorre ao retorno do cargo, exaltou a união das oposições no Estado. “O panorama político é muito interessante, porque conseguimos fazer aqui uma grande aliança de oposições. Acho que é a maior aliança da história política recente da Bahia. São partidos que, definitivamente,  não estão satisfeitos com os rumos que a Bahia tem tomado e se uniram buscando uma vitória”, pontuou.

Visita de Campos
Buscando ampliar a visibilidade nacional, o presidenciável pernambucano Eduardo Campos afirmou ao G1 que o início da campanha vai ampliar a sua popularidade. “Isso é uma questão de tempo. A campanha vai começar oficialmente no domingo, mas televisão só no dia 19 de agosto. Nós vamos ter tempo suficiente para divulgar o que fizemos e o que vamos fazer pelo país”, considerou.

No desfile, o presidenciável ainda aproveitou para agradecer a receptividade dos baianos e para criticar o governo federal, principalmente nos assuntos relacionados à carga tributária. “Estou muito feliz de estar aqui celebrando a revolução popular responsável por construir a nação que somos hoje. Essa celebração nos inspira a seguir em frente e a buscar um país que retome o seu desenvolvimento sustentável, que cuide da educação integral e reduza os tributos que estão sufocando a produção no Brasil”, opinou Campos.

Wagner e Neto: discursos afinados
Sobre o clima de disputa eleitoral no desfile, o governador Jaques Wagner (PT) avaliou que o embate político não deve ser protagonista. “Essa é a data maior e é óbvio que, em ano eleitoral, esquenta um pouco mais. Mas acho que é um dia de união dos baianos em referência aos seus heróis. A partir de amanhã, cada um está no seu caminho fazendo a sua campanha legítima”, falou Wagner.

Do mesmo modo, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), considerou que o cortejo não deveria ser lugar para acirramento entre candidatos. “Acho que não se deve confundir a festa da independência com as disputas eleitorais. A campanha não começou ainda. Só começa na próxima semana. Nós aqui temos que nos unir pela Bahia e pelos baianos”, afirmou.