Polícia Vitória da Conquista

Operação da Polícia Federal apura crime eleitoral em Vitória da Conquista e afasta vereador Rodrigo Moreira

Segundo o inquérito judicial, as investigações contra Rodrigo Moreira foram iniciadas antes de ser empossado vereador

A Polícia Federal vai dar prosseguimento às investigações da Operação Condottieri, que alcançaram, na manhã desta quinta-feira (30), o gabinete 310, do vereador conquistense Rodrigo Moreira, 41 anos (PP), que teve o seu afastamento das funções solicitado pela Justiça.

Outros nomes devem ser alcançados pelos federais, sem descartar supostos envolvimentos dos acuados com lideranças do transporte clandestino de vans e de locais onde ficam os veículos apreendidos em blitz. A PF também esteve recolhendo evidências na residência do parlamentar, na 4ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) e na sede da Prefeitura, nesta para recolher documentos da Zona Azul.

De acordo com a PF, as investigações começaram em 2017, para desvendar crimes eleitorais cometidos na campanha de 2016, com a promessa de vagas no presídio de Conquista, supostamente oferecidas por Moreira, que acabou eleito com 1.892 votos.

Apesar de a polícia não divulgar os alvos, o cruzamento de informações de fontes ligadas ao processo com os desdobramentos da operação levaram, até o momento, aos nomes do ex-presidente da Câmara Municipal, Gilzete Moreira, pai de Rodrigo e do ex-diretor da 4ª Ciretran, Javan Rodrigues, que renunciou ao cargo este mês, após quatro anos à frente do órgão.

Outros nomes são mantidos em sigilo, como a participação do assessor de um deputado federal, um ex-deputado estadual, membros da empresa que administra o conjunto penal de Conquista, além de sócios da Zona Azul. //Sudoeste Digital