Carnaval

Kannário sobre PM: ‘No dia que eu parar de falar, eles vão tomar conta de mim’

O curto trecho entre o Castro Alves e a entrada da Avenida Sete no circuito do Campo Grande foi de embate constante entre Igor Kannário e Polícia Militar na tarde da segunda-feira (24).

Tão constante que o cantor mal conseguiu manter uma canção por mais de três minutos. A toda hora parava para criticar a ação da PM. Ele, tinha o microfone; a polícia, não.

Kannário novamente deu a entender que se sente ameaçado pela PM:

Eu não fico feliz com isso (conflito com a PM), não. Eu fico triste demais. Porque no dia que eu parar de falar eles vão tomar conta de mim. E se eu tiver que morrer vou morrer feito homem nessa p*…”, diz

Na frente do Forte de São Pedro, Kannário pediu para que a música parasse para comentar mais uma vez a ação da polícia, que partiu para cima de alguns foliões.

“Filmem aí a ação da PM. Os caras batendo em mulher, batendo em criança. Que vergonha. Vamo parar pra ver se parado o povo também apanha”, disse, largando o microfone. E continuou: “Parabéns, PM. O Carnaval de Salvador sendo queimado pro mundo todo ver por conta da Polícia Militar da Bahia”.

O cantor e deputado federal criticou repetidamente o comportamento da polícia. “Eu não acho que segurança pública seja isso, não. Espancar as pessoas, os cidadãos que pagam seus impostos, spray de pimenta, isso não é segurança pública”, criticou.

Repetidamente, ele pediu que os meios de comunicação cobrindo o Carnaval registrassem a cena. “Alô, imprensa da Bahia! Tem que mostrar esse abuso de poder, esse desrespeito com cidadãos que pagam seus impostos e ajudam e pagar salário deles (policias)”, afirmou. “Depois dizem que Kannário procura confusão com a polícia. Não é isso não. É certo pelo certo. Quem tá errado tá errado”, disse.

Sobrou um elogio isolado para PMs de uma guarnição, metros à frente  “Essa guarnição aqui tem educação. Parabéns! Tá fazendo o certo. Pedindo licença. Quem eu vir agredindo eu vou falar daqui de cima mesmo”.