Greve Saúde Vitória da Conquista

Funcionários terceirizados do Hospital Geral de Vitória da Conquista fazem paralisação por falta de salários e benefícios

Servidores estão sem receber salários de dezembro, 13º salário, além dos vales transporte e alimentação de novembro a janeiro

Funcionários terceirizados do Hospital Geral de Vitória da Conquista paralisaram as atividades, por causa de não recebimento de salários e convênios das duas empresas que prestam serviços à unidade.

Ao todo, as empresas têm 68 funcionários, distribuídos pelos setores de Administração e Lavanderia. Somente 30% desse total está trabalhando, segundo a categoria.

Em uma das empresas, os servidores têm atrasados os salários de dezembro, metade do 13º salário, além dos vales alimentação e transporte correspondentes aos meses de novembro a janeiro. Na outra, o salário de dezembro também está em débito, junto com todo o 13º.

Um dos funcionários que paralisou as atividades foi Valdeci dos Santos, que trabalha na recepção da emergência do hospital. Com a falta dos benefícios de transporte, ele tem usado as sobras do último salário para pagar a passagem dos quatro ônibus diários que pega para ir e voltar do trabalho.

Sem o recebimento dos vales-transportes e do salário de dezembro, Valdeci não tem como continuar trabalhando. “A gente está pagando para trabalhar e estamos em um setor em que a gente não pode parar”, disse ele.

Outro setor que não pode ter parada é o da Lavanderia, porque serviços de cirurgia, por exemplo, dependem diretamente da área. No entanto, os funcionários não têm mais como ir ao trabalho.

Responsável pela manutenção predial da unidade de saúde, Cristina Garcia conta que os servidores já chegaram a fazer outra paralisação.

“Nós já fizemos uma greve, para conseguir receber o mês passado. Nós estamos com o salário atrasado e vale transporte atrasado. Todo mês é isso. A gente tem medo de fazer uma dívida”

O grupo, que fez uma manifestação na frente do hospital na terça-feira (22), disse que as empresas têm atrasado os salários desde o início do contrato, há oito meses. Os salários deveriam entrar em conta sempre no 5º dia útil do mês e os benefícios no dia 30.

Os representantes do sindicato tentam negociar, desde a terça-feira (22), com os donos das empresas e a Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb), a possibilidade dos valores serem pagos diretamente aos trabalhadores. O G1 tentou contato com a Saeb na manhã desta quarta-feira (23), para saber se houve acordo, mas ainda não obteve resposta.