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“Eu vejo essa suspensão com muita preocupação”, diz presidente da OAB sobre suspensão do vestibular de Fainor e FTC

Enade

Por Gabriel Oliveira

O Ministério da Educação cancelou os vestibulares de 270 cursos superiores por falta de condições mínimas para funcionar. Eles foram proibidos de matricular novos alunos para o ano que vem. As instituições foram avaliadas pelo MEC e tiveram resultado insatisfatório. Em Vitória da Conquista, os cursos de Direito da Fainor (Faculdade Independente do Nordeste) e FTC (Faculdade de Tecnologia e Ciências) tiveram seus vestibulares suspensos, por alcançarem notas muito abaixo da média no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e tem o objetivo de avaliar a qualidade dos cursos superiores.

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Dr. Gutemberg Macedo, presidente da OAB, subsecção de Vitória da Conquista. Foto: Reprodução

Questionado por nossa reportagem sobre a posição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o presidente da subseção da instituição em Vitória da Conquista, Dr. Gutemberg Macedo declarou: “eu vejo essa suspensão com muita preocupação. Eu já tinha tido uma reunião com a direção da Fainor, preocupado com o baixo índice de aprovação no exame da ordem, e mais ainda da FTC. Vem sendo objeto de discussão aqui na subseção de Conquista e também a nível estadual, essa precarização do estudo do Direito na Bahia e no Brasil. Apenas para dar uma ideia, de dez anos para cá foram cerca de mil novos cursos de Direito abertos no Brasil por questões políticas, pois a maioria destes cursos tiveram um parecer contrário da OAB, por falta de condições de funcionamento, mas o MEC, por questões de diretrizes políticas, passou por cima e autorizou assim mesmo. Isso é preocupante. Eu penso que as faculdades de Direito tem que zelar pela qualidade do ensino, tem que melhorar consideravelmente a remuneração dos professores, que é indigna, e tem que investir, pois a qualificação dos alunos é importante tanto para a aprovação no exame de ordem quanto para habilitá-los à prática da advocacia”.