Morre a cantora Preta Gil aos 50 anos
O Brasil perdeu neste domingo (20) uma figura querida, a cantora Preta Gil, aos 50 anos. Filha de Gilberto Gil, ícone da música brasileira, Preta faleceu durante um tratamento experimental contra o câncer nos Estados Unidos. Ela lutava, desde 2023, contra um câncer no intestino, e enfrentou a doença com coragem, fé e muita transparência.
Preta Gil foi uma artista completa. Ao longo de sua carreira, lançou seis álbuns, atuou em novelas, apresentou programas de TV e foi presença marcante no Carnaval com o famoso “Bloco da Preta”, que arrastava multidões no Rio de Janeiro. Seu talento ia muito além da música: ela era um furacão de expressão artística, sempre com personalidade forte, humor afiado e generosidade com o público.
Mas o que mais marcava Preta era sua postura. Ela usou sua imagem e sua voz para romper barreiras e combater preconceitos. Lutou contra a homofobia, contra o machismo, contra a gordofobia e tantas outras formas de exclusão. Preta era uma mulher negra, bissexual, artista e ativista, e nunca teve medo de ser quem era. Por isso, tornou-se referência para milhares de pessoas que viam nela um espelho de coragem e representatividade.
Muito querida no meio artístico, Preta cultivava amizades profundas e era conhecida por sua lealdade, seu carinho e seu espírito acolhedor. Sua casa e seu coração estavam sempre abertos para os amigos, colegas e fãs. A dor da sua partida ecoa entre os famosos, os anônimos, e especialmente na família Gil, que construiu um dos legados culturais mais ricos do país.
Preta Gil nos deixa cedo demais, mas com uma trajetória intensa, sincera e transformadora. Sua voz seguirá viva nas canções, sua presença permanecerá na memória coletiva, e sua luta continuará inspirando futuras gerações.
Neste momento de luto, o Brasil agradece. Obrigado, Preta, por ter sido luz, verdade e amor em forma de arte.