Brasil

Presença de Bolsonaro em aglomeração causa primeira ‘saia-justa’ no novo ministro da Saúde

Se a participação do presidente Jair Bolsonaro em ato antidemocrático neste domingo (19) causou enorme desconforto entre os integrantes da ala militar, na área técnica do Ministério da Saúde o episódio foi visto com preocupação.

Isso porque, em meio à pandemia do novo coronavírus, o gesto de Bolsonaro de participar de uma manifestação com aglomeração de pessoas causou uma saia-justa ao novo titular da Saúde, ministro Nelson Teich.

No sábado (18), Bolsonaro já havia cumprimentado pessoas que participavam de um ato em frente ao Palácio do Planalto. Ao estimular a flexibilização do isolamento social, o presidente vai contra todas as recomendações científicas da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e da área técnica do próprio ministério.

Até mesmo ministros de outras áreas ficaram em alerta com a situação. A percepção é que o silêncio de Nelson Teich não pode ser eterno e que ele será cobrado pelo gesto presidencial em entrevista coletiva. Até o momento, o novo ministro tem fugido de entrevistas.

O antecessor no comando da pasta, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, caiu justamente por criticar publicamente a postura do presidente que, em passeios por Brasília, tem causado pequenas aglomerações e tocado em pessoas em padarias, farmácias, e manifestações populares.

No evento deste domingo, em frente ao Quartel General do Exército, o presidente tossiu e levou a mão à boca ao lado de assessores e seguranças. Até o momento, não se sabe se Bolsonaro está imunizado contra o novo coronavírus.

 

Apesar da contaminação pelo vírus de mais de duas dezenas de integrantes da comitiva presidencial que viajou com ele aos Estados Unidos em março, Bolsonaro i

nformou que testou negativo. No entanto, o presidente se negou a apresentar o resultado do exame.

//g1