Bahia

Posse de celular e acesso à internet são menores entre pretos ou pardos na Bahia, diz IBGE

As pessoas autodeclaradas pretas ou pardas têm menor acesso a tecnologias como celular e internet, tanto na Bahia quanto em Salvador, segundo dados divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No estado, em 2017, 73,5% das pessoas de 10 anos ou mais de idade que se declaravam brancas tinham celular, enquanto esse porcentual era de 70,9% entre as pretas ou pardas. A diferença era maior no acesso à internet, informado por 64,9% dos brancos e por 59,8% dos pretos ou pardos de 10 anos ou mais de idade. Em Salvador, 90,6% dos brancos tinham celular, frente a 86,5% dos pretos ou pardos; e 87,1% dos brancos usavam a internet, frente a 78,8% dos pretos ou pardos.

Segundo o IBGE, na Bahia e em Salvador, a desigualdade por cor ou raça no acesso a essas tecnologias era verificada em todas as faixas etárias, mas era menor entre os jovens de 15 a 29 anos de idade, faixa em que se concentra o maior índice de uso dessas tecnologias, e maior entre as crianças de 10 a 14 anos.

No estado, enquanto 48,1% das crianças de 10 a 14 anos brancas tinham celular e 75,0% delas acessavam a internet, os percentuais entre as pretas ou pardas caíam para, respectivamente, 37,6% e 64,3%.

A diferença observada em Salvador era ainda maior. O porcentual de posse de celular entre crianças brancas era de 79,1%, frente a 48,1% entre as pretas ou pardas. Enquanto praticamente todas as pessoas de 10 a 14 anos brancas na capital haviam acessado a internet (96,0%), pouco mais de 2 em cada 10 crianças pretas ou pardas não usavam a rede de computadores (77,5% haviam acessado).

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