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Paciente de Brasília recebe transplante de coração de conquistense morto em acidente de trânsito

O doador sofreu um acidente de trânsito e não resistiu aos ferimentos

Uma paciente de 46 anos, internada no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), recebeu na tarde desta terça-feira (23) um novo coração doado em Vitória da Conquista, na Bahia. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e um helicóptero do Corpo de Bombeiros do DF auxiliaram no transporte do órgão.

O trajeto de quase 800 quilômetros foi feito em duas horas e meia. O tempo máximo que um coração pode ficar fora de peito, até ser transplantado, é de quatro horas.

O doador sofreu um acidente de trânsito e não resistiu aos ferimentos. A mulher que recebeu o órgão passa bem, segundo a Secretaria de Saúde.

De acordo com a Central Nacional de Transplantes, quando há doação e o estado não tem condições de fazer o transplante – por não ter receptor, ou não ter logística viável – é feito um estudo para saber qual localidade tem melhores condições de receber o órgão.

Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos, “a escolha do DF ocorreu porque a paciente estava classificada como grave e urgente. Além disso, era o local que teria condições de fazer o transporte do órgão com maior agilidade”.

Com mais essa cirurgia, o Distrito Federal chega a 20 transplantes de coração em 2019. Em todo o ano de 2018 foram feitos 34 procedimentos desse tipo.Transplante de coração

O transplante de coração é indicado quando as medidas clínicas e cirúrgicas para o tratamento de insuficiência cardíaca foram esgotadas e a expectativa de vida do paciente não ultrapassa dois anos. Para receber o órgão, o potencial receptor deve estar inscrito em uma lista de espera.

A ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso são levadas em consideração na hora de eleger quem vai receber o órgão. A lista é única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes e por órgãos de controle federais.

Se existe um doador elegível (com morte encefálica confirmada), após a autorização da família para que ocorra a retirada dos órgãos, a Central de Transplantes emite a lista dos potenciais receptores e informa às equipes de transplante que os atende.

No DF, são realizados transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Também são feitos transplantes de medula óssea, que seguem outro protocolo para a doação: pode ser realizado com células do próprio paciente, de doador aparentado ou de doador anônimo, cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). //Do G1