Bahia

OAB-BA faz sessão pública contra ofensa a advogados negros, vítimas de abordagem policial truculenta

A Ordem dos Asvogados do Brasil seção Bahia (OAB-BA) realizou, nesta sexta-feira (3), os desagravos públicos dos advogados Jacson Cupertino, presidente da OAB de Ilhéus, e Reinaldo Weber, presidente da Comissão de Direitos Humanos da subseção. Os dois foram vítimas de uma abordagem policial truculenta em março deste ano, próximo à cidade de Itapé, no centro-sul baiano.

O desagravo público consiste em desfazer, perante outras pessoas, um agravo (notadamente uma ofensa) sofrido pelo advogado durante ou em função do exercício de sua profissão. É um instrumento de defesa dos direitos e das prerrogativas da advocacia.

Cupertino e Weber voltavam de uma cerimônia de posse da OAB em Itapetinga quando foram parado por policiais. De repente, os dois homens, negros, tinham quatro fuzis apontados para o carro e eram orientados, aos gritos, a sair do veículo com as mãos para cima. A OAB classificou o caso como racismo.

A sessão de desagravo contou com a presença da Diretoria da OAB da Bahia, com a presidenta Daniela Borges, a vice-presidenta Christianne Gurgel, a secretária-geral Esmeralda Oliveira e o tesoureiro Hermes Hilarião, além do ex-presidente da subseção de Ilhéus Martone Maciel.

“Só esse ano, o advogado Reinaldo Weber já sofreu oito abordagens violentas. Quantas vezes mais ele vai precisar ser abordado? O gatilho dele é disparado como uma metralhadora. A gente não pode se acostumar com isso. Eu não vou me acostumar nunca. Vou lutar até o fim”, destacou Cupertino, na sessão.

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