Mistura de gerações marca o 2º dia do Festival de Inverno Bahia
Texto e imagens: Gshow.globo.com
O segundo dia do Festival de Inverno Bahia, realizado neste sábado (27), em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, trouxe atrações de várias gerações, fazendo do Parque Teopompo de Almeida um local de congregação entre diversos ritmos. Os shows no palco prinicpal começaram às 21h e foram até perto das 5h da manhã.
Representando a geração dos anos 80, Biquíni Cavadão e Capital Inicial mostraram que os 30 anos de carreira não pesam na hora de agitar o público. Figurinhas dos anos 90, a Natiruts passeou com destreza pelo palco do FIB, com direito a homenagem inclusive a outra cria dos anos 90: a banda Cidade Negra. Por fim, representando a música do novo milênio, a BaianaSystem mostrou seu caldeirão de influências.
Com o show da turnê “Me Leve Sem Destino”, uma revisitação de seus grandes sucessos, o Biquini Cavadão subiu no Palco Principal do FIB ao som de “Tédio”, acionando à toda potência as guitarras e a base percussiva que fizerem tremar as paredes por todo o Parque Teopompo de Almeida. Era a banda dando todo o seu recado na segunda noite do Festival. As letras atemporais como “No mundo da Lua”, “Janaína”, “Impossível”, “Dani/Uma brasileira” e “Vento Ventania” tiraram o público do eixo, transportando todo mundo pra esse reino mágico das grandes músicas pop.
O momento emocionante da apresentação ficou por conta da homenagem aos músicos Chorão e Champignon, ex-integrantes do Charlie Brown Jr. No palco, tocando com o Capital, estava o ex-guitarrista do Charlie Brown, Thiago Castanho.
A forte influência nas melodias e harmonias das canções da banda, com referências em nomes como Cidade Negra e Edson Gomes, trouxe para o festival um reggae literalmente de raiz em cada traço das letras de crítica social.
O fim da noite ficou por conta do originalíssimo Baiana System. O grupo, que mistura o techno com uma base sound system jamaicana e pop, “sincados” num caldo sem fim de modernidade urbana, sacudiu o público sem o menor pudor musical ao som de “Playsom”, “Oxe Como Era Doce” e “Systema Fobica”. O público se manteve até o final, com uma energia que parecia não acabar nunca.