Bahia

Mais de 40 horas após crime envolvendo advogado, OAB-Bahia ainda não se pronunciou sobre o caso

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia, segue em silêncio mais de 40 horas após um crime que tem como principal suspeito um integrante da entidade. Na madrugada do último domingo, em um prédio de luxo no Rio Vermelho, José Luiz de Britto atirou contra a namorada Kézia Stefany da Silva Ribeiro, de 21 anos.

O tiro atingiu a cabeça de Kézia. Britto foi preso em flagrante por feminicídio. Ele alega que o disparo foi acidental e, segundo o advogado que o representa no caso, Domingos Arjones, possui inúmeras marcas de agressões físicas cometidas por Kézia. “Foi uma tragédia o que aconteceu. Não era para terminar dessa forma”, diz.

Luiz de Britto é advogado criminalista e faz Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), responsável, entre outras demandas, por investigar profissionais que desobedeçam o código de ética da ordem ou tenham cometido crimes.

Embora sem nota oficial em seus canais de comunicação, o presidente da comissão de Prerrogativas da OAB-BA, Adriano Batista, disse ao G1 Bahia que José Luiz poderá ser afastado das atividades, caso seja comprovado o feminicídio.

“Se ficar caracterizado, ele vai responder e a OAB vai se posicionar também, com um possível afastamento da posição de advogado. Ele poderá responder por processo criminal, poderá responder também pelo afastamento do nosso quadro”.