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Brasil Geral

Mais de 20 mi de jovens entre 10 e 17 anos têm acesso a web

O celular é a principal ferramenta usada por crianças e jovens para navegar na internet

O celular é a principal ferramenta usada por crianças e jovens para navegar na internet

Para muitos pais, a internet é um “bicho papão”, espaço perigoso para seus filhos. Mesmo com esta apreensão, 20,5 milhões de jovens brasileiros entre 10 e 17 anos acessam a rede mundial de computadores; ou seja, 77% deste público, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada nesta terça-feira, 28, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Para piorar o cenário imaginado pelos pais, 15% das 2.105 crianças e adolescentes entrevistadas pela pesquisa, em todo o Brasil, disseram que já foram tratadas de forma ofensiva ou foram chateadas por alguém na internet. Além disso, 21% dos participantes (entre 11 e 17 anos) falaram que já visualizaram mensagens de ódio contra alguém ou um grupo de pessoas.

Por conta disso, os pais acabam tendo a internet como um ambiente hostil a este público. Com a intenção de mudar isso, foi lançado pelo Unicef nesta terça a campanha “Internet sem Vacilo”, com apoio do Google e Safernet. A ideia é desmistificar que a solução é afastar os jovens da internet.

“O adolescente tem direito à comunicação, à expressão e o acesso a internet é uma das formas de se expressar. A internet acaba trazendo alguns riscos, mas é importante saber lidar. Os adultos muitas vezes não têm familiaridade e acabam se omitindo do papel de orientar”, diz Gabriela Mora, oficial de Programas do Unicef e especialista na área de cidadania dos adolescentes.

Gabriela explica que o objetivo da campanha é mostrar que os jovens podem acessar a internet sem riscos, desde que eles estejam bem orientados. Para isso, o Unicef montou um guia de orientação com cinco temas: cyberbullying (humilhação, ofensa e ameaça por meio da internet); privacidade; relacionamento online; intolerância e preconceito; e busca por informação em sites confiáveis.

O material estará disponível no site da campanha, que também conta com um quiz, onde os internautas podem verificar se navegam de forma segura.

Internet no celular

A especialista diz que a orientação de pais e professores é ainda mais importante, porque, de acordo com o levantamento, os jovens acessam a internet principalmente por meio do celular. “Dos entrevistados, 82% estão acessando (a rede) por meio do celular, que é um meio muito individualizado. Não tem ninguém mediando”, afirma ela.

Além disso, Gabriela ressalta que a internet não representa apenas riscos, também traz “oportunidades, desenvolvimento da capacidade pessoal do jovem e ajuda na relação interpessoal”.

Essa foi a vivência da baiana Aíla Oliveira, 17 anos. Ela diz que teve contato com as discussões de gênero por meio de postagens nas redes sociais. “Eu achava que não existia necessidades das mulheres, dos negros e dos gays de se engajarem. Achava que todo mundo tinha o mesmo direito e que isso estava garantido. Até que vi uma mensagem no Facebook e comecei a estudar”, conta a adolescente, que hoje é militante do coletivo Enegrecer.

“Se não fosse a internet não teria me introduzido nesse espaço. Credito o meu iniciar na militância à internet”, complementa.

Além do engajamento social, a rede também tem outras finalidades produtivas. De acordo com a pesquisa, 68% dos entrevistados dizem que usam a internet para realizar trabalho escolar e 67% para fazer pesquisas. Essas são as segundas e terceiras atividades mais realizadas por eles na web.

A primeira é acessar a rede social. Os jovens também utilizam a rede mundial de computadores para mandar mensagens instantâneas, ouvir música, assistir vídeos, postar fotos e jogar.

Fonte: A Tarde Online