Herzem ‘dorme’ deputado e ‘acorda’ suplente

Da Redação

É dessa forma que se sente o radialista Herzem Gusmão, ao ser diplomado suplente.  No final da tarde de domingo (14), Herzem Gusmão comemorava uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que garantia a ele o direito de ser diplomado, na segunda-feira (15), deputado estadual da Bahia para a legislatura de 2015-2018. Com a medida, o petista Marcelino Galo, que ocupava a última vaga destinada à chapa do PT, ficaria de fora da Assembleia Legislativa.

Mas na segunda-feira veio à surpresa. Durante a diplomação, Herzem Gusmão ficou aguardando por algumas horas pela decisão do TRE, que alegava não ter recebido nenhuma liminar do TSE permitindo a diplomação. Mais tarde veio a surpresa: o radialista foi diplomado, mas recebeu o certificado de primeiro suplente da coligação da oposição. “Estou sem entender. Tinha um impasse em Brasília, mas consegui uma medida liminar e, inexplicavelmente, descobri que votos de um petista foram validados. Não sei nem quem a pessoa é. Deus está no comando e meus advogados estão trabalhando para reverter essa situação”, disse, em entrevista ao Bahia Notícias.

Um dos assessores do radialista informou que a coligação entrou com pedido de recontagem de votos, para saber quem sai para Herzem entrar. “Só sei que não pode passar de 63 deputados, Herzem, hoje, é o 64º, então vamos procurar saber que matemática foi essa”, disse o jornalista Diêgo Gomes.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), Lourival Andrade, informou que a diplomação de Herzem Gusmão ocorreu de acordo com decisão do TSE. “Deverá ser diplomado, mas teremos que acolher a decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] em particular, em relação ao candidato”.

Com relação ao petista Marcelino Galo, o presidente do TRE disse que sua diplomação também dependia da decisão final do TSE. “Marcelino deverá também ser á diplomado. O TSE ainda não se manifestou definitivamente sobre a matéria”, concluiu. De acordo com Andrade, a decisão deve acontecer até o dia 1º de janeiro.

O deputado Marcelino Galo (PT) não quis comentar a liminar que o peemedebista conseguiu na Justiça e que permitiu que Gusmão fosse diplomado. “Não gostaria de comentar. O importante é o que foi garantido nas eleições”, disse, em referência à sua votação de 39.360 votos – menos do que os 40.876 obtidos pelo peemedebista. Ainda de acordo com o petista, já houve uma recontagem dos votos e ele disse ter “certeza” que será empossado. Fonte: Bahia Notícias.