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Bahia Brasil Política Seca

Dilma volta à Bahia com popularidade abalada para lançar o Plano Safra

Às avessas com a onda de protestos que acontecem em todo o país e com a popularidade em baixa, a presidente Dilma Rousseff lança amanhã, às 11h, no Centro de Convenções, em Salvador, o Plano Safra Semiárido, que atenderá agricultores familiares e produtores rurais do semiárido nordestino e do norte de Minas Gerais.

Ao lado do governador Jaques Wagner, ela entregará ainda 391 máquinas (130 retroescavadeiras e 191 motoniveladoras) para ajudar as prefeituras na realização de obras que minimizem os efeitos da seca, além de 250 ônibus escolares.

A estratégia do Planalto de colocar a presidente para circular no Nordeste, de olho na sucessão de 2014, coincide, entretanto, com a divulgação de uma nova pesquisa, que reforça a tendência de queda na avaliação positiva do seu governo.

O levantamento feito pelo Ibope, por encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria), e divulgado nessa quarta-feira (19/6), aponta a primeira queda da popularidade da presidente desde julho de 2011. Sua avaliação pessoal também caiu oito pontos percentuais, assim como percentual da população que confia em Dilma, com queda semelhante.

Embora tenha sido divulgada agora, a pesquisa não capta os efeitos dos protestos que vêm tomando as ruas das principais capitais brasileiras desde a semana passada. Isso porque os entrevistadores foram a campo entre os dias 8 e 11 deste mês. O protesto realizado em São Paulo, com forte reação da Polícia Militar e que acabou servindo de estopim para outras manifestações mais numerosas em todo o país, ocorreu no dia 13.

Ainda assim, os recuos se deram bem acima da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e envolvem os diversos questionamentos feitos pela pesquisa. Os entrevistados que consideram o governo “ótimo” ou “bom” agora são 55%, contra 63% em pesquisa realizada em março deste ano. Já os que avaliam de forma positiva a forma de a presidente Dilma governar são 71%, contra 79% na pesquisa anterior. Os que confiam na presidente eram 75% em março; agora, são 67%.

A maior queda numérica registrada pelo Ibope, no entanto, envolve a expectativa com o restante do governo Dilma. Aqueles que acreditam que o governo será “ótimo” ou “bom” caiu de 65% para 55% – uma queda de dez pontos percentuais em três meses. Aqueles que avaliam o jeito Dilma de governar “ruim” ou “péssimo” também tiveram um aumento significativo, passando de 17% em março, para 25% em junho.

Até mesmo as políticas de combate ao desemprego sofreram com a queda na avaliação do governo e da presidente.

Pesquisa preocupa o Planalto

A pesquisa mostra uma mudança na curva de aprovação do governo, em sintonia com o que já havia sido divulgado pelo Datafolha, em pesquisa realizada nos dias 5 e 6 deste mês, quando foi apontada uma queda de oito pontos percentuais na aprovação do governo Dilma, na comparação com pesquisa de março.

A queda de popularidade nas pesquisas, a pouco mais de um ano das eleições, tem preocupado o Palácio do Planalto.

Em março, a pesquisa do Ibope apontou que, apesar das más notícias macroeconômicas, a popularidade do governo e da presidente continuavam em alta, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Na ocasião, a avaliação positiva do governo foi de 63%. Já a aprovação à forma de governar de Dilma era de 79%. A pesquisa anterior pegava os efeitos de duas medidas populares tomadas pelo governo: a redução no valor das contas de energia elétrica, e a desoneração de itens da cesta básica.

Na pesquisa de junho, o assunto mais lembrado pelos entrevistados foram os boatos sobre o fim do programa Bolsa Família, citado espontaneamente por 15% das pessoas ouvidas pelo Ibope.

Em seguida vieram as obras para a Copa-2014 e as entregas dos estádios (10%) e a aprovação da PEC das Domésticas, que garantiu mais direitos trabalhistas para empregados domésticos (9%).

Em termos regionais, Dilma sofreu forte queda na região Sudeste.