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Dez são presos por suspeita de planejar ataque na Rio 2016

De acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os suspeitos foram identificados pela internet após demonstrarem apoio ao Estado Islâmico

De acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os suspeitos foram identificados pela internet após demonstrarem apoio ao Estado Islâmico

Dez pessoas foram presas nesta quinta-feira, 21, com a suspeita de estarem preparando atos de terrorismo no Brasil. A ação, denominada de “Hashtag”, aconteceu 15 dias antes da abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro, quando supostamente o grupo pretendia agir.
De acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os suspeitos foram identificados pela internet após demonstrarem apoio ao Estado Islâmico. Em conversas online, eles comemoravam ataques terroristas, como o realizado em Orlando, nos Estados Unidos.
Com autorização da Justiça, a Polícia Federal monitorou conversas em que os suspeitos afirmavam que o Brasil deveria ser alvo de ataques por conta da Olimpíada, quando terá intensa circulação de estrangeiros no país. Eles ainda não tinham definido um possível alvo.

Alguns dos presos fizeram juramento de apoio ao Estado Islâmico. Contudo, o ministro ressalta que não houve interação com membros do grupo terrorista. Mesmo assim, a PF decidiu deflagrar a operação já que os suspeitos iniciaram atos considerados preparatórios para realizar os ataques.

O ministro explicou que, ao contrário de outros crimes, a lei Antiterrorismo permite a prisão de suspeitos que demonstram a intenção de realizar atentados e iniciam a preparação para realizar esse ataque.

Segundo o ministro, um membro do grupo estava negociando a compra de um fuzil AK 47 para utilizar na ação, além do grupo ter ordenado o início de treinamento de tiros e artes marciais.

Apesar da determinação da prisão preventiva (de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias), o ministro minimiza a ação desse grupo, afirmando que eles eram desorganizados.

“Aparentemente era uma célula absolutamente amadora, sem nenhum preparo. Uma célula organizada não ia procurar comprar uma arma pela internet. Mas nenhuma ação de segurança pode ignorar qualquer ato preparatório. Contudo, tudo leva a crer que eles jamais realizariam um ato sério e competente de terrorismo. Mas não seria de bom senso esperar para ver”, afirmou.

Diante disse, o ministro voltou a afirmar que o governo não acredita na possibilidade de atos terroristas no Brasil: “Qualquer ato preparatório por mais insignificante terá uma ação certeira, como houve hoje. Isso não significa que aumentou o risco de ter um ato terrorista na Olimpíada. A probabilidade é mínima”.

Além dos dez presos, foram expedidos mandados de prisão para outros dois suspeitos, que ainda não foram cumpridos. O ministro explica que a maioria dos integrantes do grupo não se conhecia pessoalmente. O líder do grupo morava em Curitiba, no Paraná, por isso os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça do estado.

Fonte: A Tarde