Nesta semana, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) concedeu ao Brasil a recertificação de país livre do sarampo, garantindo a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico. O selo já havia sido conquistado em 2016, mas em 2018, devido às baixas coberturas vacinais, abriram-se brechas para a reintrodução do vírus no país.
E, nesse trabalho, as equipes de vacinação do município de Vitória da Conquista fizeram bem a sua parte, pois as taxas das coberturas vacinais aumentaram nos últimos dois anos, incluindo a vacina contra tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Em 2023, a cobertura foi de 82,62%, e, em 2024, a meta foi superada, pois já alcança a cobertura de 97,95%.
Buscando oportunizar mais acesso às vacinas do calendário, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) envidou esforços para criar ações e ampliar as atividades extramuros para levar a vacinação até as pessoas, principalmente com a busca ativa para atualização dos cartões de vacina das crianças nas escolas e crechea, além de parcerias com abrigos, empresas e outras instituições, a fim de reforçar a importância da vacinação junto à comunidade e aumentar as coberturas.
“A vacina é a principal forma de prevenir e evitar a disseminação de doença, pois é eficaz e segura”, assegura a secretária municipal de Saúde, Fernanda Maron. “Então, o nosso foco é justamente o fortalecimento dessas ações com o objetivo de retomar essa imunização maciça, através da conscientização da população sobre a importância das vacinas”, acrescentou.
“Então nós estamos intensificando essas ações nas escolas, nos nossos territórios, através das nossas unidades de saúde, nas nossas ações extramuros, justamente entendendo que a vacina é muito importante para a prevenção, especialmente em relação ao sarampo. O objetivo é informar a população sobre a importância da vacinação, e também sensibilizar todos os nossos profissionais de saúde”, disse ainda a titular da SMS.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença viral infectocontagiosa que afeta, principalmente, crianças. Pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). Algumas dessas complicações podem ser fatais.
De acordo com o Ministério da Saúde, o sarampo continua a circular em outras regiões do mundo. O risco de reintrodução nas Américas persiste, especialmente em crianças que não estão totalmente imunizadas. A vacina tríplice viral é recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos.
Por isso, para saber se o seu cartão de vacina está atualizado e quais as vacinas estão disponíveis para cada faixa etária, o cidadão deve procurar a unidade de saúde de sua referência, dentro do horário de funcionamento da sala de vacina, para garantir a sua prevenção. Basta apresentar documento oficial com foto ou registro da criança ou adolescente, o Cartão SUS e o cartão de vacina.
A única proteção eficaz contra o sarampo é a vacinação, que é essencial para interromper a cadeia de transmissão do vírus e para prevenir doenças altamente contagiosas que, no passado, causaram epidemias e graves consequências à saúde pública do país.
Segundo a Opas/OMS, as Américas também eliminaram a rubéola e a síndrome da rubéola congênita em 2015, uma conquista que os países da região têm mantido desde então.