Prefeitura de Vitória da Conquista celebra cultura afro-brasileira com apresentações culturais na praça Nove de Novembro

Ao longo da tarde foram feitas apresentações de capoeira, samba de roda e Terno de Reis. Foto/Reprodução: PMVC.
Dando continuidade à programação da campanha Novembro Negro, a Prefeitura de Vitória da Conquista promoveu uma tarde dedicada à valorização da cultura afro-brasileira e ao fortalecimento das ações de resistência da comunidade negra. As atividades aconteceram na Praça Nove de Novembro, na tarde de quarta-feira (19) e reuniram apresentações de capoeira, samba de roda, terno de reis e uma saudação religiosa. As ações celebram o Dia da Consciência Negra, que ocorre no dia 20 de novembro. Neste ano, a campanha destaca o tema “União e Resistência”.
A movimentação na praça chamou a atenção de quem passava pelo centro da cidade. Para o coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Ricardo Alves, o evento reafirma o compromisso do município com a visibilidade da população negra e de suas manifestações culturais. “Esse momento é uma forma de reconhecer e valorizar a história, a identidade e a força das comunidades negras, criando um espaço para que suas tradições sejam celebradas e respeitadas”, destacou.
A programação teve início com uma saudação das religiões de matriz africana, dedicada a Exú, como forma de abrir caminhos, afastar energias negativas e trazer proteção. Ao longo da tarde, os grupos também realizaram homenagens a outros orixás. Para o líder religioso pai Léo de Otin, ocupar esse espaço representa uma conquista coletiva. “Estarmos aqui é uma forma de superar o preconceito e o racismo, tanto cultural quanto religioso. No passado, uma simples roda de capoeira poderia ser interrompida com violência. Hoje, ver nossa cultura sendo celebrada em praça pública mostra o quanto avançamos”, afirmou.
Em seguida, o grupo de capoeira Nossa Arte animou o público com apresentações de capoeira e samba de roda. Para o professor Henrique Silva, a presença do grupo no evento reforça a ancestralidade da cultura afro-brasileira. “Nossa apresentação mostra que a capoeira precisa ocupar as ruas, os espaços públicos. É assim que mantemos viva nossa cultura e garantimos que essa história continue sendo contada. Precisamos sair dos espaços fechados e ocupar as ruas”, destacou.
O evento também contou com uma apresentação de dança das adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Cras Miro Cairo e com uma apresentação musical do Terno de Reis, encerrando a tarde.




