Temer e Gilmar defendem sistema semipresidencialista no Brasil

Neste sistema, presidente é escolhido em eleições, e primeiro-ministro é indicado pelo presidente eleito
Por G1
Em meio às discussões no Congresso Nacional para modificar as regras políticas e eleitorais a tempo para as eleições de 2018, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, saiu em defesa da adoção no Brasil do semipresidencialismo. Esse sistema de governo ainda não está em debate nas propostas de reforma política que estão sendo elaboradas na Câmara dos Deputados e devem ser colocas em votação nas próximas semanas.
Sistema de governo utilizado em países como França, Portugal e Finlândia, o semipresidencialismo une elementos do presidencialismo com o parlamentarismo (veja abaixo as diferenças entre os sistemas de governo).
Ao participar nesta segunda-feira (21) de um evento sobre reforma política organizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Gilmar Mendes sugeriu a adoção do semipresidencialismo com a justificativa de que “seria um bom passo” para o Brasil se “blindar” das frequentes crises políticas.
O magistrado ressaltou no evento que, dos quatro presidentes eleitos após a redemocratização, apenas dois concluíram o mandato, o que, na avaliação dele, sugere “instabilidade no sistema”.
“Me parece que essa combinação certamente preservaria a Presidência da República, que ficaria com a chefia do Estado e um efetivo poder moderador, e preservaria também a chefia do Estado dessas crises que nos atinge”, opinou Gilmar Mendes.
Segundo a colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, a proposta de adoção do semipresidencialismo também tem o apoio do presidente Michel Temer.
De acordo com interlocutores do peemedebista, ele estaria disposto, inclusive, a implementar o novo sistema tão logo ele fosse aprovado pelo Congresso, abrindo mão de parcela de poder ao novo primeiro-ministro até o final de seu mandato, em 31 de dezembro de 2018. (mais…)