POLITICA
Com prisão preventiva decretada, pastor foragido planeja abrir igreja na região de Itapetinga com ajuda de aliados
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Bia em 19.06.2018 às 18:50

Pastor Edimar chegou a ser preso e depois foi colocado em liberdade
Mesmo com a prisão preventiva decretada pela Justiça de Vitória da Conquista, nessa segunda-feira (19), o auto-proclamado pastor evangélico Edimar dos Santos Brito, 39 anos, não tem planos de se entregar. Pelo contrário. Segundo informações de terceiros, ele quer se manter na atividade, abrindo uma pequena congregação na região de Itapetinga, com apoio de antigos aliados de Potiraguá e Iguaí. Os fieis da região, onde Edimar tem bases e relações diretas com a comunidade, defendem o líder de todas as acusações e acreditam em sua inocência.
Edimar foi preso sob acusação de ter sido o mandante do duplo homicídio que teve como vítimas a pastora Marcilene Oliveira Sampaio, então com 38 anos, e da prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, 36.
Ele também foi apontado como autor intelectual da tentativa de homicídio contra o marido da pastora, Carlos Eduardo de Souza, 52. Para consumar os crimes, ele contou com ajuda do também auto-proclamado pastor evangélico Fábio de Jesus Santos, 36, apontado como participante direto nos assassinatos.
Tanto Edimar, quanto Fábio, receberam o benefício da liberdade por excesso de prazo. Apenas o vigilante ilegal, Adriano Silva dos Santos, de 38 anos, terceiro participante nos crimes, cometidos em 19 de janeiro de 2016, foi julgado e condenado a 30 anos de prisão, mas sua condenação foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.
Nessa segunda-feira, o juiz Reno Viana, da Vara do Júri e Execuções Penais de Vitória da Conquista, decretou novamente a prisão preventiva dos três, em decisão de pronúncia que determinou que todos eles sejam julgados pelo Tribunal do Juri.
Por força da decisão , Fábio e Adriano já estão presos em Vitória da Conquista. Edimar continua foragido.

Marcilene Oliveira Sampaio e a prima Ana Cristina Santos Sampaio fora mortas a pedradas (Foto: Reprodução/redes sociais)
Por que foram soltos?
Ao ignorar a Súmula 21, do Supremo Tribunal de Justiça, que diz que “pronunciado o réu não se alega excesso de prazo”, o Tribunal de Justiça da Bahia mandou colocar em liberdade, em 20 de junho do ano passado, o autor intelectual dos crimes, Edimar da Silva Brito.
Um ano depois da reviravolta jurídica num dos crimes de maior repercussão na Bahia nos últimos anos, ainda provoca revolta na comunidade de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, onde o episódio ocorreu. O promotor do caso, José Junseira Almeida de Oliveira, se mostra indignado com a situação.
Ao ignorar a Súmula 21, do Supremo Tribunal de Justiça, que diz que “pronunciado o réu não se alega excesso de prazo”, o Tribunal de Justiça da Bahia mandou colocar em liberdade, na tarde desta terça-feira, 20, o ‘Pastor Edimar da Silva Brito’, 38 anos, acusado de ser o mentor intelectual do duplo homicídio que matou a pastora Marcilene Oliveira Sampaio, 38, e a prima dela, Ana Cristina Santos, 36, em dezembro do ano passado. (mais…)