POLITICA
Vereador Cori alerta para saída da Cidade Verde de Conquista a qualquer momento
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Bia em 19.02.2019 às 19:06

Para evitar a saída da Cidade Verde, Cori defende a regulamentação do transporte alternativo
O vereador Coriolano Moraes (PT), conhecido como Prof Cori, vem alertando já há algum tempo que o transporte público de Vitória da Conquista entraria em colapso, caso o poder executivo não tomasse medidas para sustentabilidade do sistema.
O transporte alternativo e sem regulamentação, como é o caso das vans e ubers, vem afetando notavelmente o sistema: no ano de passado (2018) a Viação Vitória abriu mão do lote 1 de ônibus circulares, declarado falência. O mesmo pode acontecer com a Viação Cidade Verde, que assumiu de forma emergencial o lote da primeira empresa citada. Para evitar a saída da Cidade Verde, Cori defende a regulamentação do transporte alternativo.
O Blog do Sena conversou com o vereador para saber mais detalhes sobre a situação do transporte público e sobre sua proposta para manter o funcionamento do sistema.
Transporte coletivo em risco – Cori afirma que a qualquer momento a Cidade Verde pode sair de Conquista, fato que desempregará mais de 400 pais e mães de família. Ele explica que o relatório do mês de janeiro da Cidade Verde aponta uma redução de 697 mil passageiros em relação ao previsto e garantido pela licitação de 2013. Sendo assim, a empresa pode ir à justiça requerer do município os passageiros prometidos. “O que significará também uma possível saída do próprio lote, porque ela tem um contrato de 10 anos, mas ela pode inclusive devolver, uma vez que o prejuízo se acumula. Quando você multiplica essa redução por R$ 3,80, dá mais de R$ 2,6 milhões/mês”, esclareceu.
“Devemos devolver os passageiros para o sistema” – “Se a gente conseguir devolver pelo menos 500 mil passageiros, a gente pode reduzir a passagem de R$ 3,80 para R$ 3,30”, defendeu o vereador. “ Se a gente conseguir devolver, a própria Prefeitura vai economizar em torno de R$ 1,2 milhão por ano, somente com vale-transporte que ela compra para os seus funcionários”, completou. Para que isso se concretize, Cori aponta que é preciso combater a clandestinidade, regulamentando parte do transporte alternativo.
Direito à gratuidade – Cori alerta também que o transporte alternativo não garante a gratuidade de passagens, fato que reforça a necessidade de manter o sistema de ônibus coletivo. “A Viação Cidade Verde hoje tem garantia de 1 milhão de gratuidades mensais. O que significa isso? 500 mil gratuidades só para meia passagem para estudante. Se essa empresa for embora, quem vai garantir esse direito? As outras 500 mil envolvem idosos, pessoas com deficiência, pessoas que fazem hemodiálise, pessoas que trabalham nos Correios e policiais. Se a gente perder o sistema regular de transporte, quem vai garantir o direito à gratuidade a essas pessoas?”, questionou. (mais…)