‘Ele mirou em mim quando foi atirar e a arma falhou’, diz sobrevivente de massacre em Suzano

Gabriel Martins Margarida, 16 anos, sobreviveu ao massacre na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na última quarta-feira (13), porque a arma de um dos assassinos falhou
Gabriel Martins Margarida, 16 anos, sobreviveu ao massacre na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na última quarta-feira (13), porque a arma de um dos assassinos falhou. Oito pessoas morreram no ataque.
Era a hora do intervalo na escola. Gabriel, estudante do 2º ano do Ensino Médio, acenou para o colega Claiton Antonio, 16 anos, e foi conversar com os amigos em frente ao portão do Centro de Estudos de Línguas (CEL), que fica dentro da escola.
Foi quando ouviu um barulho. Olhou para trás, viu que os colegas começaram a correr. “Não tinha para onde ir, o portão do CEL estava trancado”, conta.
O assassino, que usava uma máscara de caveira, chegou perto e começou a atirar. Mirou no estudante Anderson Carrilho, melhor amigo do Gabriel, e deu três tiros. “Ele estava a mais ou menos um metro de distância de mim”, diz.
Gabriel conta que as balas do revólver acabaram.
“Foi aí que o assassino virou de costas para recarregar a arma e virou para nós novamente. Ele mirou em mim, quando foi pra atirar, a arma falhou”. O estudante conta que naquela hora imaginou que fosse morrer. “Foi um momento de desespero sem reação do que fazer.” (mais…)