Vitória da Conquista

Chuvas: quatro famílias continuam em abrigo provisório; as demais voltaram para casa ou receberem Auxílio Moradia

Os oito abrigos temporários organizados pela Prefeitura de Vitória da Conquista, localizados tanto na cidade como na zona rural, abrigaram 109 famílias e 359 pessoas que precisaram sair de suas casas devido aos riscos por decorrência das fortes chuvas de dezembro. Destas, apenas quatro famílias permanecem no abrigo montado no Centro de Vocação Tecnológica do IFBA, no povoado de Itapirema. O local chegou a ter 72 pessoas, de 17 famílias.

As demais voltaram para suas casas ou de parentes ou para residências cedidas. Para 69 delas, a Prefeitura providenciou o Benefício Eventual Auxílio Moradia, conhecido como Aluguel Social. Todas continuam recebendo assistência da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) e sendo acompanhadas pela Defesa Civil.

O lavrador João Batista Mendonça é um dos beneficiados pelo Aluguel Social. No final da tarde de ontem (22) ele a esposa, Amanda Porto, se despediram da equipe de acolhimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) que os atendeu desde a chegada ao abrigo de Itapirema. “Chegamos aqui na madrugada do dia 26 de dezembro e já havia uma estrutura montada. Para mim foi uma surpresa. Eles nos acolheram muito bem e ainda hoje nos prestam todo o apoio. Ficamos tão próximos que hoje somos todos amigos”, disse João.

Para a coordenadora de proteção social especial da Semdes, Cássia Lucena, todas as famílias abrigadas estavam enquadradas no perfil sócioeconômico para o Aluguel Social, porém, nem todas quiseram aderir. “Em alguns casos, a Defesa Civil permitiu o retorno às casas e outros abriram mão do auxílio. Nosso trabalho junto às famílias de Itapirema gerou uma compreensão maior e uma proximidade com cada um deles”, relatou Cássia.

Apoio permanente

Ainda nos abrigos, as famílias recebiam atendimento de equipes técnicas da Semdes e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 24 horas por dia, para garantia do direito não somente à moradia temporária, mas às políticas públicas necessárias as suas demandas individualizadas.

Segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias, o funcionamento e atendimento se orientam por normas nacionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), inclusive, com a participação direta das famílias, cogestoras dos espaços, com participação nos processos decisórios da unidade.

Nas últimas semanas, as equipes da Semdes atuaram de forma integrada e articulada com outros órgãos, a exemplo, da Defensoria Pública Estadual, com objetivo de resolver pendências de documentos das pessoas nos abrigos, para assegurar a concessão do Auxílio Moradia, assim como, interlocução direta com os locatários dos imóveis a serem alugados, quando necessário.

Além disso, deu suporte na mudança, com transporte dos pertences, aquisição de utensílios domésticos mais urgentes, itens de higiene pessoal e de limpeza, bem como alimentação, dentre outros.