Política Vitória da Conquista

Vereadores rebatem declarações de radialista sobre projeto da Policlínica de Saúde

Após polêmica, o Projeto de inclusão de Vitória da Conquista ao consórcio foi encaminhado à Câmara e dado entrada durante a sessão

A sessão ordinária desta sexta-feira (30), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, foi bastante movimentada. Um dos assuntos mais polêmicos foi o Projeto da Policlínica de Saúde que autoriza o município a participar do Consórcio Público Interfederativo de Saúde de Vitória da Conquista, que até nesta sexta-feira não tinha chegado à Casa Legislativa.

Em declaração à imprensa local, o prefeito Herzem Gusmão informou que teria enviado o PL de adesão ao consórcio desde o mês de outubro. De fato, o projeto chegou a ser encaminhado, mas estava com a data e o número errados, tendo sido devolvido para correção. Mas não foi reencaminhado à Câmara, por isso não entrou em tramitação.

“Quero dizer que sou a favor desse consórcio para nossa cidade e esse projeto não chegou nas comissões, entrei em contato com a secretaria geral e nenhum projeto desse tipo está na Casa”, disse Hermínio Oliveira.

O vereador Luciano Gomes (PR) também defendeu o poder legislativo. “Não podemos ficar com essa culpa nas costas. A Câmara sempre foi responsável. Tanto oposição como situação sempre votou, sem demora, em todos os projetos de interesse público”, afirmou, acrescentando que  é preciso que a sociedade saiba da responsabilidade e compromisso que nós vereadores temos com Conquista”, frisou.

Polêmico, o vereador David Salomão (PRTB) defendeu o trabalho e compromisso do poder legislativo de Vitória da Conquista. Ele disparou duras críticas ao governo Herzem Gusmão, entre elas, que o prefeito estaria “pagando” um radialista para falar mal da Câmara. “A população deveria saber quanto ele está ganhando para falar mal da Câmara. Ele está achando que a a Câmara vai sofrer com essa pressão. Temos que descobrir quanto esse pilantra está recebendo”, afirmou.

Salomão frisa que o Poder Legislativo é independente, e fez críticas ao prefeito municipal. “ Você não vai errar e colocar a culpa na Câmara não. Enquanto eu estiver aqui, a Câmara vai cumprir o seu papel”, afirmou.

Fernando Jacaré (PT) afirmou que foi surpreendido pela situação do projeto do Executivo para adesão à Policlínica Regional de Saúde. O equipamento que está sendo construído pelo governo estadual será gerido por um consórcio intermunicipal com mais de 20 cidades. “Chega a ser piada uma situação dessa. Era para já tá aprovado. Era para já tá tudo pronto. O projeto está aí, uma grande obra. E por questões burocráticas, desorganização, falta de competência, o Município não devolve o projeto e não acompanha. Tinha que acompanhar, saber se já estava aqui”, falou.

Jacaré frisou que os vereadores têm acompanhado com critério os projetos do Executivo que chegam à Casa. Ele lamentou a demora da Prefeitura para enviar o projeto. “O Parlamento de Vitória da Conquista não tem culpa de nada disso. Ao contrário, nós temos é ajudado a Administração no que se refere à aprovação de projetos fundamentais para Vitória da Conquista”, detalhou.

A vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) lamentou os questionamentos públicos em relação ao projeto da Policlínica Regional envolvendo CMVC e prefeitura. Ela defendeu o compromisso do poder legislativo. “Sempre priorizamos a saúde e educação. Sempre defendemos a instalação e a adesão do município à Policlínica Regional”, afirmou. “O projeto veio da prefeitura com erro, retornou e só hoje foi apresentado novamente”, explicou. “Não tenha dúvidas do compromisso dos vereadores dessa Casa”, frisou.

Viviane Sampaio (PT) ressaltou que a Câmara de Vereadores está comprometida com a aprovação da adesão do município ao projeto da Policlínica Regional de Saúde. O equipamento que está sendo construído pelo governo estadual e será gerido por um consórcio intermunicipal com mais de 20 cidades. A parlamentar afirmou que, apesar da confusão para a entrega do projeto pelo Executivo, “essa Casa nunca se furtou em discutir esse tema”.

Segundo Sampaio, o compromisso da Câmara é pautar o projeto o mais rápido possível. Ela lamentou que apenas 30% dos habitantes terá acesso à Policlínica, porque a prefeitura não fará adesão de 100%.

Após a polêmica, o Executivo encaminhou o projeto nesta sexta, 30, o qual foi encaminhado para análise urgente das comissões, a fim de que possa ser votado o quanto antes.