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Variante lambda: o que é e por que ela preocupa a América do Sul?

Se tem algo que ainda preocupa — e muito — os especialistas, é o número de variações do coronavírus, que tem se espalhado pelo mundo. Uma delas é a Lambda, associada a “taxas substanciais de transmissão comunitária em vários países”, incluindo Peru, Chile, Argentina e Equador.

Encontrada pela primeira vez em agosto de 2020 no Peru, a variante foi batizada inicialmente de C.37. No Chile, houve forte crescimento da variante, que hoje representa 32% dos casos dos últimos dois meses. Em outras palavras, a lambda está circulando a taxas semelhantes às da variante gama brasileira (33%) e bem acima da alfa britânica (4%).

A situação no Peru envolve 81% de seus casos desde abril. Já a Argentina observou uma prevalência crescente da lambda desde fevereiro de 2021. Entre 2 de abril e 19 de maio de 2021, a variante representou 37% dos casos sequenciados de COVID-19.

Quanto aos sintomas dessa nova variante, os especialistas afirmam que não há grande alteração em comparação com o que já se tem conhecimento, com exceção de uma frequência maior de problemas intestinais. Vale ressaltar que a variante lambda tem múltiplas mutações na proteína spike que podem ter um impacto em sua transmissibilidade, mas mais estudos são necessários para entender completamente as mutações.

Já no que diz respeito às vacinas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que mais pesquisas são necessárias para validar a eficácia contínua das vacinas. A OMS ainda diz que neste momento existem “evidências limitadas” sobre o impacto da lambda. Sendo assim, faz-se urgência na realização de mais estudos que possam ajudar a compreender melhor o seu alcance.

Atualmente, a OMS monitora mais de 50 variantes diferentes do coronavírus, mas nem todas são uma ameaça à saúde pública. A organização já adicionou a Lambda à sua lista, e chegou a emitir um alerta.