Bahia

Sarajane, aos 53 anos: ‘A gente tem idade, sim, mas quando chega no palco, vai e arrasa’

Aos 12 anos, ela cantava jingles e, dois anos depois, estava em cima de trios elétricos. O que se conhece como axé music, ela antecipou, em 1985, no seu primeiro disco, “Merengue deboche”, no qual apresentou uma mistura da música dos blocos afro e de latinidades diversas (salsa, merengue, mambo, rumba, cúmbia) com samba e reggae. A baiana Sarajane fez história e, em pleno carnaval de 2020, ele volta para festejar, com o lançamento do EP “Liquidificação” (que tem participações de Ivete SangaloClaudia LeitteCarlinhos BrownDurval Lelys e Margareth Menezes) e uma série de shows nos blocos de Salvador (no Rio, não há previsão).

Aos 53 anos, a cantora, compositora e dançarina, do sucesso “A roda”, não quer mais saber de parar: ela segue pelo ano com seu espetáculo no qual homenageia 35 anos do axé e, em abril, chega às telas de cinema com a comédia de Cininha de Paula “De perto ela não é normal”.

Depois de passar 10 anos longe dos palcos (“Fiz faculdade, me formei em Turismo, depois fiz Pedagogia… Foi um tempo em que fiz o que não pude fazer antes, porque comecei cedo na carreira”, diz), Sarajane conta que os apelos dos fãs, nas redes sociais, é que a fizeram voltar.

— Eu fiquei muito feliz e resolvi fazer um show de comemoração. Achei que não ia dar ninguém… e lotou de ter que fechar a porta — recorda-se ela, para quem a obsessão do público por ídolos cada vez mais jovens não chegar a ser um problema. — A gente tem idade, sim, mas quando chega no palco, vai e arrasa.