Brasil

Homem de 89 anos suspeito de intoxicação por dietilenoglicol morre em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou na manhã desta quinta-feira a terceira morte entre os casos suspeitos de intoxicação pelo solvente dietilenoglicol no estado. O paciente, um homem de 89 anos, estava internado no hospital MaterDei, em Belo Horizonte, e não resistiu. Ele estava entre os 17 casos suspeitos e apresentava sintomas da síndrome nefroneural, que teria sido provocada pela cerveja Belorizontina.

O corpo deu entrada no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette às 5h25m desta quinta-feira, ainda segundo a corporação. Dos 17 casos investigados, quatro tiveram a intoxicação pelo dietilenoglicol atestada por exames. Um deles, Pachoal Dermatini Filho, de 55 anos, também faleceu.

Um quarto caso ainda não foi reconhecido pela secretaria estadual de Saúde e se refere a uma mulher de 60 anos que consumiu a Belorizontina no bairro de Buritis, em BH, e morreu em Pompéu (MG), a 180 quilômetros da capital mineira.

Água contaminada

Na última quarta-feira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou ter encontrado dietilenoglicol em mais três lotes da cerveja Belohorizontina. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo órgão.

No total, segundo o Mapa, seis lotes da cerveja contêm a substância: L2 1354, L2 1348, L2 1197, L2 1604, L2 1455, L2 1464. Além da Belorizontina, um lote da Cerveja Capixaba, outro rótulo da empresa, também apresentou dietilenoglicol, com numeração também L2 1348.

Segundo o Mapa, a água utilizada na produção das cervejas, feitas pela Cervejaria Backer, estava contaminada com a substância dietilenoglicol. Duas mortes por síndrome nefroneural, que podem estar relacionadas com a ingestão da cerveja, já foram confirmadas.

A força-tarefa que investiga o caso aponta três hipóteses para a contaminação da água utilizada na produção da cerveja: sabotagem, vazamento no tanque de resfriamento ou utilização indevida do dietilenoglicol durante a produção.

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