Bahia

Estudante relata ter sido alvo de racismo em mercado de Lauro de Freitas; veja vídeo

O estudante Luã Nascimento relatou ter sido alvo de racismo em uma loja do Atacadão RedeMix em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, ontem (12). Por meio das redes sociais, ele descreveu o caso e publicou um vídeo gravado durante a abordagem.

No relato, Luã diz que acompanhou uma amiga ao mercado e foi abordado pelo segurança na saída, pouco depois de entrar em um veículo de transporte por aplicativo. “Compramos o que tinha pra comprar, pagamos e eu pedi o Uber. O motorista chegou e quando menos espero o segurança bate no ombro dela que estava atrás de mim, entrando no carro e disse que ‘eu tinha esquecido de pagar o pão’. O engraçado é que quem estava fazendo a compra era ela, no cartão dela, mas na hora de acusar de roubo, a cor fez ele discernir bem quem era o ladrão. No primeiro momento, pensei até que a menina do caixa tinha esquecido de registrar”, escreveu.

No momento da abordagem, Luã chegou a mencionar que tinha comido um dos pães e ouviu uma resposta ríspida do vigilante. “Ele foi extremamente rude e disse de maneira sarcástica que o que tinha sido consumido deixaria pra lá, mas o restante deveria ser pago. Minha amiga afirmando que tinha pago e colocado a nota na sacola, eu peguei a nota e apresentei ao mesmo, ele disse que não constava o produto. Detalhe: o produto estava PAGO E NA NOTA FISCAL. (…)  Se foi minha amiga que fez a compra, qual o motivo dele ter me abordado e me tratado de maneira tão rude?”, relatou.

Em seguida, o estudante pediu que chamassem o gerente da loja. “Quando falei mais alto e disse que estava sendo acusado de roubo, começaram a me pedir pra ter calma e que eu estava chamando a atenção dos outros clientes (…) O gerente veio, não quis fornecer o nome do segurança, aquele velho pedido de desculpas, e ainda queria que eu desse a mão pra selar a paz. É mole?”, ironizou.

Ao Metro1, Luã disse que ainda não sabe se entrará na Justiça contra o estabelecimento, mas pretende prestar queixa na delegacia. A reportagem tentou contato com o mercado através dos números de telefone disponibilizados no site da rede, mas não obteve resposta.

Veja o vídeo:

//METRO1