Política Vitória da Conquista

Em Conquista, eleitores confundem nome de Haddad e o chamam de “Andrade”

Petista afirma que confusão com nome é ‘normal’

Correio da Bahia

Em busca de popularidade, o candidato a presidente da República Fernando Haddad (PT), que substituiu Luís Inácio Lula da Silva, barrado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, visitou neste sábado (15) Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia. Durante a campanha, o candidato foi chamado diversas vezes de ‘Andrade’.

“Andrade é o candidato de Lula, tamo junto com ele”, gritava o magarefe Firmino de Sousa Oliveira, 45, pouco antes de o candidato petista chegar à Praça Guadalajara (centro da cidade), onde 2 mil pessoas (segundo a PM) aguardavam o candidato.

Ao ser informado sobre o nome correto do petista, o magarefe comentou que “não importa se é Andrade ou Haddad, o importante é que vamos votar nele porque ele representa Lula e o povo do Nordeste”.

O mesmo pensa a estudante do ensino médio Silvia Cássia de Lima, 19, moradora de Poções, cidade vizinha a Vitória da Conquista. “Estamos nos acostumando ainda com Haddad, mas acho que isso não influencia muito”, ela disse.

A cidade baiana é uma das apostas do PT para conseguir votos nas eleições de 2018, pelo fato de a mesma ter sido governada por gestores ligados ao partido entre os anos de 1997 a 2016

Ao comentar sobre o desconhecimento sobre o seu nome numa cidade onde o PT governou por 20 anos, Haddad disse apenas que “isso é normal”, e destacou que “estamos há apenas 3 dias como candidato, uma nova chapa”.

Em Vitória da Conquista, Haddad chegou junto com a vice da sua chapa Manuela D’ávila (PCdoB), e os petistas Rui Costa, governador da Bahia e candidato à reeleição, e o ex-governador Jaques Wagner, candidato ao Senado.

Eles saíram pelas ruas centrais da cidade de 338 mil habitantes em cima de um carro, acompanhado por militantes do PT, PCdoB e membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além de populares.

Durante o ato político, o carro de som buscava associar o nome de Haddad ao do ex-presidente, que está preso em Curitiba.

Sobre a última pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (14), Haddad destacou o fato de estar “apenas há três dias como candidato”. “Vamos crescer ainda mais, agora que estamos oficialmente na campanha, e vencer essa eleição”.

O Datafolha mostrou crescimento de Haddad nas pesquisas, de 4% para 13%, já com Lula fora da disputa. Petistas que estavam no ato político deste sábado dizem acreditar que Haddad tem potencial para já estar com entre 20% a 30% das intenções de voto.

Para Haddad, seu nome só tende a crescer nas pesquisas, já que a campanha passa a tomar mais forma, com a definição sobre seu nome. “Isso é bom até para não confundir mais o eleitor, no que diz respeito a nomes. Certo é que estaremos todos juntos, lutando também pela libertação de Lula e pelas injustiças desse país”, falou.

Ao final do evento, o candidato do PT à presidência lembrou que como ministro da Educação, durante os governos Lula e Dilma Rousseff (2005 a 2012), foi responsável por aumentar a quantidade de universidades federais no interior baiano, como a Universidade Federal do Oeste o campus Anísio Teixeira, da Universidade Federal da Bahia (UBFA), em Vitória da Conquista.