Bahia Justiça

Caso de trabalhadores venezuelanos resgatados em Itabuna é acompanhado pela Secretaria de Justiça

O resgate de trabalhadores é feito pela SJDHDS em parceria com a Polícia Federal

Dois homens foram presos em flagrante, na manhã desta quinta-feira (18), suspeitos de manter 10 venezuelanos em situação semelhante ao de trabalho escravo, em uma oficina de manutenção de equipamentos de parques de diversões, na cidade de Itabuna, sul da Bahia.

De acordo com a Secretaria do Trabalho de Ilhéus, o caso foi descoberto depois de uma denúncia anônima. A Polícia Federal e integrantes da secretaria foram até o local, que fica na BR-415, quando flagraram a situação.

Os 10 venezuelanos, 9 homens e uma mulher, estão no país desde janeiro, de forma regular, mas não tinham autorização para trabalhar. Apesar disso, eles prestavam serviço no parque sem qualquer tipo de proteção e garantia de direito.

Ainda de acordo com a Secretaria de Trabalho de Ilhéus, os venezuelanos moravam no mesmo lugar onde trabalhavam, sem cama ou colchão. Eles ainda eram obrigados a repassar parte do salário para o pagamento de passagens, alimentação e serviços de TV e internet. Não há informações da quantia que eles recebiam.

O Governo do Estado por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) está acompanhando o caso. Uma equipe técnica da Coordenação de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo (CETP) da SJDHDS fará o atendimento às vítimas.

“Vamos avaliar e estudar a maneira mais adequada de acolhimento dessas vítimas, que estavam atuando de maneira análoga à escravidão, sem direitos e condições adequadas para o exercício das atividades. Nosso objetivo é proteger a vítima neste primeiro momento”, afirmou o coordenador do CETP/SJDHDS, Admar Fontes.

O resgate de trabalhadores é feito pela SJDHDS em parceria com a Polícia Federal, Superintendência Regional do Trabalho, Defensoria Pública da União, Ministério Público do Trabalho e Prefeitura Municipal. // Blog do Leo Santos

Os 10 venezuelanos, 9 homens e uma mulher, estão no país desde janeiro, de forma regular