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Bolsonaro sanciona reforma na Previdência dos militares

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro sancionou a reforma da Previdência dos militares. A nova lei fez mudanças mais suaves do que as aplicadas aos civis e também reestruturou as carreiras nas Forças Armadas, concedendo aumento salarial à tropa. Não houve nenhum veto ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

A principal mudança é a ampliação do tempo de serviço nas Forças Armadas de 30 anos para 35 anos. A alíquota de contribuição aumentará gradualmente de 7,5% para 10,5%, em 2021, inclusive com cobrança de pensionistas, que atualmente não contribuem para o sistema.

No caso dos militares, não haverá idade mínima para aposentadoria, e a regra de transição será mais vantajosa do que a aplicada aos civis, com pedágio de 17% sobre o tempo que falta para o militar ir para a reserva.

As novas regras valerão também para policiais militares e bombeiros estaduais. Eles passarão a ter direito à integralidade (último salário da carreira) e paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos), mas passarão a ficar mais tempo nas carreiras antes de irem para a reserva.

Principais pontos

Policiais militares e bombeiros:

  • Idade mínima: não haverá.
  • Equiparação salarial: policiais estaduais terão direito à integralidade (último salário da carreira) e à paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos).
  • Tempo de serviço (contribuição): subirá 35 anos; para quem já ingressou na carreira, haverá uma regra de transição com cobrança de pedágio de 17% sobre o tempo que falta para requerer a reserva pelas regras atuais.
  • Tempo mínimo na atividade policial: 25 anos, subindo gradualmente (4 meses a cada ano) a partir de janeiro de 2021 até atingir 30 anos.
  • Alíquota de contribuição: será de 9,5% sobre a remuneração integral para todos (policiais ativos, inativos e pensionistas), a partir de março de 2020; em janeiro de 2021, a alíquota subirá para 10,5%.
  • Promoção automática a um posto superior: acabará, mas os governadores terão prazo de 30 dias para editar um decreto, prorrogando esse tipo de benefício por até dois anos.
  • Aposentadoria proporcional: não será mais permitida.

Forças Armadas

  • Idade mínima: não haverá.
  • Equiparação salarial: militares da reserva e pensionistas continuarão com direito à integralidade (último salário da carreira e à paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos).
  • Tempo de serviço: subirá de 30 anos para 35 anos; para quem já ingressou na carreira, haverá uma regra de transição com cobrança de pedágio de 17% sobre o tempo que falta para requerer a reserva pelas regras atuais.
  • Alíquota de contribuição: subirá de 7,5% para 9,5%, a partir de março de 2020; em janeiro de 2021, a alíquota subirá para 10,5%. Pensionistas e alunos em escola de formação passarão a recolher os mesmos percentuais.

Reestruturação das carreiras nas Forças Armadas:

  • Aumento nas gratificações (incidentes sobre os soldos).
  • Habilitação militar (por cursos realizados): o reajuste vai variar entre 26% e 73%.
  • Disponibilidade militar: nova gratificação, com percentuais que vão variar entre 5% e 32% , de acordo com a patente
  • Representação: adicional de 10% pago a militares em função de comando, direção e chefia.

Reajuste no soldo:

  • Soldados: 3,77%
  • Alunos em escola de formação: 13,44%
  • Ajuda de custo na transferência para a reserva: o valor que corresponde a quatro vezes o soldo dobra para oito vezes.              //extra